Mudanças nos indicadores de saúde materno-infantil em Santa Catarina durante a pandemia de COVID-19

Abstract

Objetivo: Investigar as alterações nas características dos nascimentos em Santa Catarina durante a pandemia de COVID-19, comparando os anos de 2019 (prépandemia) e 2021 (segundo ano da pandemia). Métodos: Estudo ecológico, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) de Santa Catarina. Foram comparadas as variáveis: número de nascimentos, consultas prénatal, idade materna, escolaridade materna, duração da gestação, baixo peso ao nascer e tipo de parto. O teste de Fischer foi utilizado para comparar as proporções entre os anos. Resultados: Observou-se uma diminuição de 2,6% no número de nascimentos em 2021. Reduziu-se a proporção de gestantes com 4 ou mais consultas pré-natal e a idade materna média aumentou. Houve um aumento na proporção de mães com 8 ou mais anos de estudo. As demais variáveis não apresentaram diferenças significativas. Conclusão: Houve um impacto variável nas características dos nascidos vivos em Santa Catarina durante o período. É importante monitorar esses indicadores e realizar novos estudos para entender melhor os impactos da pandemia na saúde materno-infantil.