O uso das plantas medicinais nas comunidades Indígenas brasileiras: Uma revisão de literatura

Abstract

O presente trabalho de conclusão de curso (TCC), tem como tema a utilização das plantas medicinais pelas comunidades Indígenas, com ênfase no conhecimento ancestral e valorização cultural. As plantas medicinais têm sido utilizadas desde o início da humanidade para tratamento de doenças, e atualmente há um interesse maior nas abordagens naturais, incluindo as plantas medicinais para tratar diversas enfermidades. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as plantas são eficazes, algumas podem “ser” tóxicas e até prejudiciais à saúde. Busca-se conhecer e compreender como as publicações científicas vem retratando essa questão, e como estas plantas são utilizadas pelos Indígenas, em seus rituais, e para cura, bem como a sua preparação. O objetivo principal é realizar uma revisão de literatura buscando documentar, valorizar e disseminar o conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais, e também contribuir para a valorização da cultura indígena, que hoje em dia se encontra fragilizada. A fragilização da cultura Indígena se deve a diversos fatores históricos, como a imposição de normas e valores externos, gerando perda de suas tradições e enfraquecendo a sua identidade cultural. Além disso, o avanço das atividades econômicas, como a mineração, a agricultura extensiva e o desmatamento, têm devastado territórios Indígenas, resultando na perda de áreas sagradas e na desestruturação das comunidades. Foram definidos descritores para a realização de uma busca sistematizada nas bases de dados de literatura científica. Foi realizada a seleção dos documentos a partir da adesão à temática principal, a partir da leitura dos títulos dos trabalhos, depois leitura dos resumos, até a leitura em profundidade dos documentos com adesão a temática. Em conclusão, a pesquisa proporcionou uma breve compreensão sobre o uso das plantas medicinais pelas comunidades Indígenas brasileiras, revelando sua importância histórica e cultural. Observamos como essas práticas não apenas tratam doenças físicas, como também promovem o bem-estar espiritual e emocional, enraizando-se nas tradições ancestrais desses povos. No entanto, observamos desafios significativos enfrentados pelo uso dessas plantas, tais como a perda de territórios ancestrais e a degradação ambiental. É essencial garantir o respeito aos direitos territoriais e culturais dos povos Indígenas, além de promover políticas que apoiem a preservação e o fortalecimento dessas práticas tradicionais de saúde. Finalmente, ressaltamos a importância de valorizar e preservar o conhecimento sobre plantas medicinais, reconhecendo a contribuição fundamental dos sábios Indígenas na transmissão desse legado às futuras gerações e aos pesquisadores interessados nessa área.

Rãnhrãj tagti vȳ tȳ ēg nēn tá vēnhkagta, ag ki kanhrãn-rãn jé, kanhgág ag, kar ag kikīr há han jé. Ēg si ag vȳ vãsȳ si há kã, ag tȳ vēnhkagta mū han mū, jo ū ag tȳ kóreg nȳtī. Ūri tȳ vēnhkagta tag ag han ki kanhrãn mū. Hãra ag tȳ sir vãsȳ ag tȳ sir kanhgág ag tȳ nēn kãmī vēnhkagta nēn-kãmī vēnhkirīr tī nī. Uri fóg ag tȳ nēn ki vēnhkagta tagti, ag ki kanhrãn-rãn há han sór mū, ag kanhgág ag jykre pē kikīr-rīr-nī, ūri kanhró tag tȳ krónh ke sór nīgtī. Fóg ag jykre tȳ ēg ki kãge kȳ ēg jykre pē tȳ krón ke mū sir. Mȳr fóg ag vȳ mineração mré rãnhrãj, kar sir jakré-mág, nēn vyn kan vȳ tȳ kanhgág ag ga kókén mū, kar-ag mȳ tȳ vēnhmȳ han mū. Kȳ ūn kanhrãn há a-vȳ literatura científica kri kãnhrãj mãn mū, ag tȳ kanhrãn há han. Temática tȳ ki han nī-nī, kar rãnhrãj ag jyjy, vēnhrã ag to jãn, jãn há han mré temática ti. Ag tȳ ēg vēnhkagta pē ki kanhrãn-rãn han, kȳ ag tág kanhrãn-mū, nēn ki vēnhkagta tȳ kanhgág ag mȳ há han mū, kar ag jukre pē to. Ēg tȳ nēn ki vēnhkagta ag to kenhrãn-rãn há han, kȳ ēg jukre tȳ mrir-ke mū, vēnhkagta tag ag pi ēg há ki vēnhkagta tavī ki han mū, ag vȳ ēg kugmá, kar ēg krī ki ēg jukre han mū, ēg si tūg mū ag jukre mré. Hãra vēnhkagta tag ag vȳ tū ke rã nī, ēg nēn mág-tȳ tū ke tī, tȳ kanhgág ag ga ki kanhrō-ū-há han, kȳ ēgtȳ rãnhrō-j ū há han, nēn kãmī ag vēnhkagta ag to. Ēg vēnhkagta ag vȳ tȳ ēg mȳ nénū há nī, hã kȳ mūnȳ ēg nēn ag vēnhkagta ag tȳ rīr há nī, ag vȳ ēg gīr kar kyrū ag mȳ há han vajkȳ.

This undergraduate thesis focuses on the use of medicinal plants by indigenous communities, emphasizing ancestral knowledge and cultural appreciation. Medicinal plants have been used since the dawn of humanity for the treatment of diseases, and there is currently a growing interest in natural approaches, including medicinal plants, to treat various ailments. However, it is important to note that not all plants are effective; some can be toxic and even harmful to health. This study aims to understand and analyze how scientific publications are portraying this issue, how these plants are used by indigenous peoples in their rituals and healing practices, and how they are prepared. The main objective is to conduct a literature review to document, value, and disseminate traditional knowledge about medicinal plants, as well as to contribute to the appreciation of indigenous culture, which is currently weakened. The fragility of indigenous culture is due to various historical factors, such as the imposition of external norms and values, leading to the loss of their traditions and weakening their cultural identity. Additionally, the expansion of economic activities such as mining, extensive agriculture, and deforestation has devastated indigenous territories, resulting in the loss of sacred areas and the disintegration of communities. Descriptors were defined for a systematic search in scientific literature databases. The selection of documents was carried out by adhering to the main theme, starting with the reading of the titles, followed by the abstracts, and finally an in-depth reading of the documents that adhered to the theme. In conclusion, the research provided a brief understanding of the use of medicinal plants by Brazilian indigenous communities, revealing their historical and cultural importance. We observed how these practices not only treat physical ailments but also promote spiritual and emotional well-being, being rooted in the ancestral traditions of these peoples. However, we noted significant challenges faced in the use of these plants, such as the loss of ancestral territories and environmental degradation. It is essential to ensure respect for the territorial and cultural rights of indigenous peoples, as well as to promote policies that support the preservation and strengthening of these traditional health practices. Finally, we highlight the importance of valuing and preserving knowledge about medicinal plants, recognizing the fundamental contribution of indigenous elders in passing down this legacy to future generations and researchers interested in this field.