Fototerapia para o tratamento do vitiligo: uma revisão narrativa da literatura

Abstract

O vitiligo é uma doença autoimune crônica que acomete igualmente homens e mulheres, preferencialmente na faixa etária entre 20 a 30 anos. Essa doença é caracterizada pela falta de atividade dos melanócitos, apresentando manchas brancas na pele. Essa doença possui alguns tratamentos disponíveis com o objetivo de repigmentar as lesões. Nesse contexto, há diferentes técnicas de fototerapia para o tratamento de diversas lesões, incluindo o vitiligo. Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever sobre o uso da fototerapia para repigmentação de lesões no vitiligo. Para isso, realizou-se uma revisão narrativa da literatura, a busca por estudos secundários de revisão sistemática e meta-análises foi realizada no PubMed. Ao todo foram selecionados 13 estudos. A fototerapia mais utilizada foi a convencional com o uso de luz ultravioleta (UV), as mais aplicadas foram: banda estreita (NB) UVB (NB-UVB), UVA e psoraleno (P) UVA. Ainda, existe a fototerapia direcionada que consiste em tratar pequenas áreas afetadas com excimer laser, luz pulsada intensa e UVs em sistemas portáteis, trazendo o benefício da exposição a essas luzes apenas na região despigmentada, não expondo áreas que não são acometidas pelo vitiligo. A fototerapia NB-UVB comparada a outras fototerapias apresentou uma maior taxa de repigmentação em menor tempo de tratamento, com efeitos colaterais toleráveis e não necessitando de fotossensibilizantes antes das sessões. Ainda, pode-se levar em consideração resultados mais satisfatórios quando há a combinação de NB-UVB com laser. Os resultados dos estudos mostram o potencial da fototerapia para repigmentação de lesões do vitiligo, sendo uma alternativa promissora para esses pacientes.