dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Beiras, Adriano |
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dc.contributor.author |
Isleb, Sheila Fagundes |
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dc.date.accessioned |
2024-07-11T23:24:31Z |
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dc.date.available |
2024-07-11T23:24:31Z |
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dc.date.issued |
2023 |
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dc.identifier.other |
386976 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/255959 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2023. |
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dc.description.abstract |
No Brasil, homens acusados de violência contra as mulheres podem ser encaminhados judicialmente para acompanhamento em serviços públicos e inseridos em grupos reflexivos de gênero, conforme prevê a Lei Maria da Penha. A implementação dos grupos reflexivos de gênero podem ampliar as perspectivas para ressignificação dos ideais de masculinidades hegemônicas e se configura como resposta efetiva de responsabilização pelo ato criminoso para além de um olhar punitivista. A presente pesquisa objetiva analisar os impactos que os discursos relacionados às desigualdades de gênero, que ocorrem nos espaços dos grupos, suscitam nas mulheres que atuam como facilitadoras e como eles influenciam na sua prática, buscando estabelecer a relação entre o gênero e demais marcadores, com os lugares em que as mulheres ocupam nestes espaços, identificando, por fim, os desafios e as potencialidades dessa atuação. As bases teóricas e epistemológicas da pesquisa pautam-se no construcionismo social e nas teorias feministas pós-estruturalistas, que viabilizam a construção de um conhecimento crítico, localizado e contingente sobre a categoria gênero. Os caminhos da metodologia feminista e qualitativa foram sustentados pelas ideias construcionistas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez mulheres que facilitaram grupos reflexivos para homens, por um período mínimo de um ano. A análise das narrativas pessoais consistiu na junção das análises temática, estrutural e dialógica, na busca por um aprofundamento das informações coletadas nas entrevistas. As narrativas apontam para a importância da diversidade de vozes na facilitação, especialmente na formação de duplas mistas em relação ao gênero. O percurso para a vinculação das facilitadoras com os participantes tende a ser mais demorado em razão da resistência do grupo, que atua na lógica da socialização masculina, de cumplicidade entre os pares, sendo que a presença de uma mulher pode representar ameaça a esta dinâmica. Os discursos que reforçam as diferenças são utilizados estrategicamente para a reflexão e a presença e apontamentos das mulheres potencializam o processo sob diferentes lugares de fala. Entende-se, ainda, que os grupos não são homogêneos, assim como as facilitadoras também são marcadas por lugares sociais que ultrapassam o gênero, tendo aproximações e distanciamentos que ocorrem também por outras vias. Recomenda-se o espaço de supervisão para estudo e manejo dos afetos que a atuação nesses grupos suscitam na equipe de facilitação. |
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dc.description.abstract |
Abstract: In Brazil, men accused of violence against women can be referred by court to follow-up in public services, be inserted in gender-reflective groups, as provided by Maria da Penha?s Law. The implementation of gender reflective groups can broaden the perspectives for the re-signification of the ideals of hegemonic masculinities, and configures itself as an effective response of accountability for the criminal acts, beyond a punitive perspective. This research aims to analyze the affectations that the speeches related to gender inequalities, which occur in the spaces of the groups, raises in women who act as facilitators, and how it influences their practice, seeking to set a relation between gender and other markers, with the places that women occupy in these spaces, finally identifying the challenges and the potential of this operations. The theoretical and epistemological bases of the research are grounded on social constructionism and post-structuralism feminist theories, which enable the construction of critical, localized, and contingent knowledge about the gender category. The paths of feminist and qualitative methodology are also supported by constructionist ideas. Semi-structured interviews were conducted with ten women who facilitated reflexive groups of men, for a minimum period of one year. The analysis of personal narratives consisted of merging thematic, structural and dialogical analyses, searching for the deepening of the information collected in the interviews. The narratives point to the importance of the diversity of voices in group facilitation, especially when it relates to gender in the formation of mixed pairs. The binding process between the facilitators and the participants tends to take longer, due to the resistance of the group, which operates in the logic of male socialization of complicity between pairs, and the presence of a woman can represent a threat to this dynamic. The speeches that reinforce the differences are strategically used for reflection, the participating presence of women enhances the process under different locus of speech. It is also understood that the groups are not homogeneous, just as the facilitators are also marked by social places that go beyond gender, with approximations and distances that also occur in other ways. The supervision space is recommended for the study and management of the affectations that the work in these groups raises in the facilitation team. |
en |
dc.format.extent |
153 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Psicologia |
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dc.subject.classification |
Relações de gênero |
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dc.subject.classification |
Feminismo |
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dc.subject.classification |
Masculinidade |
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dc.subject.classification |
Violência contra as mulheres |
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dc.title |
"A sala está enfeitada": implicações da participação de mulheres na facilitação de grupos reflexivos para homens autores de violência de gênero |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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