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Introdução: Os acometidos pelos transtornos mentais comuns (TMC) apresentam
sofrimento mental que acarreta em grande prejuízo funcional. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), quase um bilhão de pessoas no mundo vivem com pelo
menos um transtorno mental. Estudos indicam que a prevalência de TMC aumenta a
partir do início da fase adulta, sendo que pode estar relacionada ao aumento das
exigências familiares, sociais, econômicas, acadêmicas e suas particularidades.
Objetivo: Investigar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em
estudantes de medicina de uma universidade federal do Sul do Brasil e os fatores
associados a este desfecho. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado
com 273 estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina,
campus Araranguá, SC. Para o rastreamento de TMC foi utilizada a escala Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: A prevalência de transtornos
mentais comuns na amostra final foi de (56,04%). A maior prevalência desse desfecho
foi entre as mulheres (70,39%) naqueles com histórico familiar de TMC (64,74%), com
condição psiquiátrica pré-existente (71,55%), nos que faziam psicoterapia (68,18%),
e que faziam uso de ansiolíticos/antidepressivos (71,60%). Ainda, o TMC foi mais
prevalente na fase inicial do curso (66,10%), naqueles estudantes que pensavam em
desistir do curso (74,11%), nos que tinham uma cobrança pessoal elevada/muito
elevada (62,00%) e naqueles que reportaram má qualidade do sono (63,09%).
Conclusão: Os dados indicam uma elevada prevalência de TMC nessa população,
justificando a importância de apoiar ações para a prevenção e o cuidado com a saúde
mental dos estudantes, a fim de melhorar sua qualidade de vida. |
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