Poliftalamida reforçada com fibra de vidro contendo politetrafluoretileno como lubrificante sólido: uma análise mecânica e tribológica

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Poliftalamida reforçada com fibra de vidro contendo politetrafluoretileno como lubrificante sólido: uma análise mecânica e tribológica

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Title: Poliftalamida reforçada com fibra de vidro contendo politetrafluoretileno como lubrificante sólido: uma análise mecânica e tribológica
Author: Hromatka, Matheus
Abstract: A ciência e engenharia de materiais possui um papel fundamental no que diz respeito a sistemas mecânicos e sua eficiência energética. É uma ciência que permite o desenvolvimento de novos materiais e a forma como eles são processados; ela complementa o projeto de componentes por meio da utilização de materiais mais leves e mais resistentes, além da aplicação de tecnologias que promovem a redução do atrito e do desgaste de componentes mecânicos. Uma abordagem é por meio da aplicação de materiais poliméricos e compósitos como as poliftalamidas (PPA), também conhecidas como poliamidas de alto desempenho, as quais são comumente reforçadas com fibras. Essas fibras permitem a fabricação de componentes com boas propriedades químicas, térmicas e mecânicas. Este estudo investigou como a adição de politetrafluoretileno (PTFE) afetou o comportamento mecânico e tribológico de um compósito de matriz polimérica comercialmente disponível contendo 30% em massa de fibra de vidro (Kuraray Genestar® G1300A). Os compósitos contendo PTFE foram produzidos via moldagem por injeção com diferentes concentrações de PTFE (0-15% em massa). Para a caracterização mecânica as amostras foram tracionadas seguindo a norma ISO 527 e análises dinâmico mecânicas (DMA) permitiram compreender como a adição do lubrificante sólido variou a temperatura de transição vítrea (Tg) do compósito. Para avaliação tribológica, realizaram-se testes de movimento recíproco (2Hz) e força normal contante (189 N – pressão de contato inicial 630 MPa) na configuração esfera-plano por uma hora. O contracorpo utilizado nos testes tribológico foi uma esfera de aço AISI 52100 com 10 mm de diâmetro. As marcas de desgaste foram analisadas por interferometria de luz branca, perfilômetria de contato, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de raios X por energia dispersiva (EDS). Os volumes desgastados foram calculados através dos perfis das marcas obtidos por perfilômetria. Como esperado, a introdução do PTFE promoveu uma redução nas propriedades mecânicas dos compósitos, uma vez que os estoques de lubrificante atuam como vazios e concentradores de tensão. A redução da tensão de ruptura dos compósitos foi de 7,9%, 8,5% e 14,8% para as condições contendo 2%, 5% e 15% de PTFE, respectivamente. Compósitos contendo PTFE apresentaram coeficientes de atrito significativamente mais baixos (entre 0,06 e 0,08) quando comparados ao compósito sem lubrificante sólido (0,31). Além disso, obteve-se uma melhora na resistência ao desgaste, pois as taxas de desgaste passaram de 5,6x10-4 mm³N-1m-1 (sem PTFE) para aproximadamente 1,0x10-4 mm³N-1m-1 para as condições contendo 2% e 5% de PTFE, mas aumentou para 15% de lubrificante (2,3x10-4 mm³.N-1m-1 ). Portanto, um melhor desempenho tribológico é atingido pela adição do PTFE até 5%, mesmo com a redução das propriedades mecânicas dos compósitos. Tal desempenho está associado a formação de tribocamadas com baixa resistência ao cisalhamento na região de contato, como confirmado nas análises por EDS que indicaram a presença do flúor na interface de contato, elemento típico do lubrificante sólido. PTFE.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Engenharia de Materiais.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/256397
Date: 2024-06-13


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