Realidade Aumentada como instrumento de Educação em Saúde no cenário da Atenção Básica na região do extremo sul catarinense

Abstract

Introdução: A educação em Saúde é aspecto fundamental no contexto da Atenção Básica, pois é por meio dela que o usuário é convidado a ser protagonista na manutenção e melhora de seu bem-estar. Por conta dos contínuos avanços tecnológicos, o processo de ensino-aprendizagem vem se alterando e cabe ao profissional de saúde buscar métodos de inovar, utilizando-se de novas tecnologias disponíveis. Neste contexto, a Realidade Aumentada (RA) se destaca com uma importante aliada na superação dessas dificuldades. Objetivos: Avaliar o uso da Realidade Aumentada como ferramenta de Educação em Saúde no cenário da Atenção Básica. Métodos: Estudo quase-experimental pós-teste com grupos não equivalentes, seguindo a diretriz SQUIRE 2.0. Aplicou-se um questionário de 29 questões quantitativas e uma qualitativa em grupos psicoterapêuticos das UBSs de Araranguá. A intervenção ocorreu em dois momentos: controle (sem RA) e intervenção (com RA). Dados analisados no JASP, utilizando teste t-Student para comparar grupos, com p ≤ 0,05. Amostra obtida por conveniência, autorizada pela Secretaria de Saúde de Araranguá e aprovada pelo CEPSH. Resultados: A amostra de 37 participantes, todos do sexo feminino, teve média de idade de 52,27 anos (DP ±12,29). No grupo controle, a média de acertos foi de 21,53 (IC95% 20,30-22,77), enquanto no grupo intervenção foi de 24,14 (IC95% 23,03-25,24), indicando uma diferença estatisticamente significativa (p ≤ 0,05). Os usuários declararam ter gostado de manejar os artefatos de RA, além de entenderem sua importância para entendimento das doenças e das suas formas de prevenção. Conclusões: A RA se mostrou ferramenta eficaz na Educação em Saúde na Atenção Básica, promovendo melhor compreensão das doenças e mudanças positivas nas atitudes dos usuários. Este estudo pioneiro reforça os benefícios da RA e sugere a necessidade de mais pesquisas para consolidar seu uso na área da saúde, especialmente no que tange a educação do paciente

Introduction: Health education is a fundamental aspect of Primary Care, as it encourages users to take an active role in maintaining and improving their well-being. With continuous technological advances, the teaching-learning process has been evolving, requiring health professionals to seek innovative methods using new technologies. In this context, Augmented Reality (AR) stands out as an important ally in overcoming these challenges. Objective: To evaluate the use of Augmented Reality as a tool for Health Education in the Primary Care scenario. Methods: This was a post-test quasi-experimental study with non-equivalent groups, following the SQUIRE 2.0 guidelines. A questionnaire with 29 quantitative and one qualitative question was applied to psychotherapeutic groups at Basic Health Units (UBSs) in Araranguá. The intervention took place in two stages: control (without AR) and intervention (with AR). Data were analyzed using JASP software and the t-Student test to compare groups, with p ≤ 0.05. The sample was obtained by convenience, authorized by the Araranguá Health Department, and approved by the Human Research Ethics Committee (CEPSH).Results: The sample of 37 participants, all female, had an average age of 52.27 years (SD ±12.29). In the control group, the average score was 21.53 (95% CI 20.30-22.77), while in the intervention group it was 24.14 (95% CI 23.03-25.24), indicating a statistically significant difference (p ≤ 0.05). Users reported enjoying handling the AR artifacts and understanding their importance for learning about diseases and their prevention. Conclusions: AR proved to be an effective tool in Health Education in Primary Care, promoting better understanding of diseases and positive changes in user attitudes. This pioneering study reinforces the benefits of AR and suggests the need for further research to consolidate its use in health, particularly in patient education.

Introducción: La educación en salud es un aspecto fundamental en el contexto de la Atención Primaria, ya que a través de ella se invita al usuario a ser protagonista en el mantenimiento y mejora de su bienestar. Debido a los continuos avances tecnológicos, el proceso de enseñanza-aprendizaje ha estado cambiando, y corresponde a los profesionales de la salud buscar métodos innovadores utilizando nuevas tecnologías disponibles. En este contexto, la Realidad Aumentada (RA) se destaca como una importante aliada para superar estas dificultades. Objetivos: Evaluar el uso de la Realidad Aumentada como herramienta de Educación en Salud en el escenario de la Atención Primaria. Métodos: Estudio cuasi-experimental posttest con grupos no equivalentes, siguiendo la directriz SQUIRE 2.0. Se aplicó un cuestionario de 29 preguntas cuantitativas y una cualitativa en grupos psicoterapéuticos de las Unidades Básicas de Salud (UBS) de Araranguá. La intervención se realizó en dos momentos: control (sin RA) e intervención (con RA). Los datos fueron analizados con el software JASP, utilizando la prueba t de Student para comparar los grupos, con p ≤ 0,05. La muestra fue obtenida por conveniencia, autorizada por la Secretaría de Salud de Araranguá y aprobada por el Comité de Ética en Investigación con Seres Humanos (CEPSH). Resultados: La muestra de 37 participantes, todas mujeres, tuvo una edad promedio de 52,27 años (DE ±12,29). En el grupo control, la media de aciertos fue de 21,53 (IC95% 20,30-22,77), mientras que en el grupo de intervención fue de 24,14 (IC95% 23,03-25,24), indicando una diferencia estadísticamente significativa (p ≤ 0,05). Las usuarias informaron que les gustó manejar los artefactos de RA y entendieron su importancia para la comprensión de las enfermedades y sus formas de prevención. Conclusiones: La RA demostró ser una herramienta eficaz en la Educación en Salud en la Atención Primaria, promoviendo una mejor comprensión de las enfermedades y cambios positivos en las actitudes de las usuarias. Este estudio pionero refuerza los beneficios de la RA y sugiere la necesidad de más investigaciones para consolidar su uso en el área de la salud, especialmente en lo que respecta a la educación del paciente.