Uso de métodos contraceptivos na adolescência no Brasil: revisão integrativa atualizada na literatura.

Abstract

Introdução: A gravidez não planejada na adolescência é um problema de saúde pública no Brasil, mesmo com o aumento do acesso a métodos contraceptivos as taxas de fecundidade entre essa faixa etária continuam altas, sugerindo fragilidades socioeconômicas e educacionais que se perpetuam no país. Objetivo: Descrever os fatores relacionados ao conhecimento dos métodos contraceptivos entre os jovens associado com a gravidez não planejada na adolescência. Método: Foram selecionados estudos nas bases de dados PUBMED e LILACS, publicados entre os anos de 2013 a 2023 que abordaram a temática escolhida. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 14 artigos que cumpriram os critérios de inclusão e exclusão do estudo de forma integral. Os achados sugerem uma lacuna de conhecimento sobre os métodos contraceptivos, defasada educação sexual entre os jovens, pouco conhecimento sobre planejamento familiar e barreiras relacionadas à comunicação familiar. Preditores como baixa renda e menor acesso à educação também são fatores mais citados como relevantes. Conclusão: A educação sexual é um grande pilar modificador que quando aplicado de forma correta pode promover a ampliação do diálogo com os jovens, de modo a intervir sobre os fatores de risco para a gravidez não planejada na adolescência e a garantia de uma vida sexual segura entre os jovens.

Introduction: Unplanned teenage pregnancy is a public health problem in Brazil, even with increased access to contraceptive methods, fertility rates among this age group remain high, suggesting socioeconomic and educational weaknesses that persist in the country. Objective: To describe the factors related to knowledge of contraceptive methods among young people associated with unplanned pregnancy in adolescence Method: Studies were selected from the PUBMED and LILACS databases, published between 2013 and 2023 that addressed the chosen topic. Results: The study sample consisted of 14 articles that fully met the study's inclusion and exclusion criteria. The findings suggest a gap in knowledge about contraceptive methods, outdated sexual education among young people, little knowledge about family planning and barriers related to family communication. Predictors such as low income and less access to education are also factors most cited as relevant. Conclusion: Sexual education is a great modifying pillar that, when applied correctly, can promote the expansion of dialogue with young people, in order to intervene on the risk factors for unplanned pregnancy in adolescence and guarantee a safe sexual life among young people.