dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Cruz, Roberto Moraes |
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dc.contributor.author |
Vecchi, Michelle |
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dc.date.accessioned |
2024-07-26T23:23:19Z |
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dc.date.available |
2024-07-26T23:23:19Z |
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dc.date.issued |
2023 |
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dc.identifier.other |
387112 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/256562 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa fr Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2023. |
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dc.description.abstract |
No Brasil, a aptidão psicológica para a obtenção do porte e posse de arma de fogo constitui uma exigência legal, de caráter obrigatório, tanto para profissionais da segurança pública e privada, quanto para o cidadão que pretende obter uma arma. Verifica-se, contudo, a ausência de parâmetros objetivos para o estabelecimento do perfil do avaliado e escassa produção de conhecimento científico sobre os fatores de risco e variáveis psicológicas que predispõem a condutas inadequadas para a posse/porte de arma de fogo. Essa pesquisa teve por objetivo examinar o papel das variáveis psicológicas, demográficas, ocupacionais e clínicas na avaliação da propensão ao risco de portar arma de fogo em policiais civis. Para tanto, foram realizados três estudos: a) uma revisão de escopo com o objetivo de analisar os preditores de riscos, individuais e sociais, associados ao uso da arma de fogo; b) uma revisão integrativa que buscou analisar os indicadores e procedimentos que orientam os profissionais de saúde mental na avaliação da aptidão à posse/porte de arma de fogo. Em ambos, foi utilizado o protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses ? PRISMA. c) um estudo empírico, com o objetivo de analisar a associação entre as variáveis psicológicas (cognitivas e de personalidade) e os perfis demográfico, ocupacional e clínico de policiais civis de uma instituição de segurança pública brasileira, com base no exame de 250 registros de avaliações psicológicas para o porte de armas. Os resultados dos estudos indicaram: a) que os principais preditores de risco identificados foram: diagnóstico de transtornos mentais, uso abusivo de álcool, ansiedade elevada, uso de medicação psiquiátrica, acesso a armas de fogo, ausência de leis restritivas à posse de armas, ocupação militar; b) que os indicadores psicológicos mais referidos foram: características de personalidade, processos cognitivos, transtornos mentais, estado psicológico, contexto de vida, motivação para o uso da arma, conhecimento sobre medidas de segurança, histórico de violência e uso de medicação psicotrópica. Os procedimentos mais utilizados para avaliar esses indicadores foram: a entrevista semiestruturada e os instrumentos psicométricos; c) que houve correlações significativas moderadas e negativas entre as funções cognitivas (memória, atenção geral e raciocínio) e a idade, indicando uma maior propensão ao risco de portar arma de fogo entre os mais idosos Porém, não foram identificadas associações entre variáveis cognitivas e diagnóstico de transtorno mental, assim como não foram encontradas associações entre transtorno mental e indicadores de personalidade. Avanços no campo da avaliação psicológica para o porte e posse de arma de fogo dependem do investimento em pesquisas que forneçam as evidências para uma prática científica e socialmente responsável. Métodos, técnicas e procedimentos em avaliação psicológica precisam ser aprimorados para aumentar a capacidade de identificação das pessoas mais propensas a adotar comportamentos de risco em posse de uma arma |
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dc.description.abstract |
In Brazil, obtaining a license for carrying and possessing firearms requires a psychological aptitude evaluation, which is mandatory for both public and private insurance professionals, as well as individuals seeking firearm ownership. However, it has been observed that there is a lack of objective parameters in establishing the criteria for assessing individuals and a limited amount of scientific research on the psychological variables and risk factors associated with inappropriate behaviors related to firearm possession and carry. The objective of this research is to investigate the role of psychological, demographic, occupational, and clinical factors in assessing the inclination to carry firearms among civic police officers. Three studies have been conducted to achieve this goal: a) A scoping review was performed to analyze the individual and social risk predictors associated with firearm use. The Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) protocol was employed for this stud; b) An integrative review aimed to analyze the indicators and procedures guiding mental health professionals in assessing the aptitude for firearm possession and carry. Again, the PRISMA protocol was utilized; c) An empirical study was conducted to analyze the relationship between psychological variables (cognitive and personality) and demographic, occupational, and clinical profiles of civil police officers from a Brazilian public security institution. This analysis was based on the examination of 250 psychological assessment records for firearm possession. The results from these studies revealed the following: a) The primary risk predictors identified included the diagnosis of mental disorders, alcohol abuse, high anxiety levels, use of psychiatric medication, access to firearms, absence of restrictive gun laws, and military occupation; b) The most frequently mentioned psychological indicators were personality characteristics, cognitive processes, mental disorders, psychological state, life context, motivation for using firearms, knowledge of security measures, history of violence, and use of psychotropic medication. The commonly used procedures to assess these indicators were semi-structured interviews and psychometric instruments; c) There were moderately significant negative correlations between cognitive functions (memory, general attention, and reasoning) and age, indicating a higher propensity for firearm risk among individuals with higher intelligence. However, no associations were found between cognitive variables and the diagnosis of mental disorders, nor were there associations between mental disorders and personality indicators. Advancements in the field of psychological evaluation for firearm possession and carry depend on investing in research that provides evidence for scientifically sound and socially responsible practices. Methods, techniques, and procedures for psychological assessment need to be refined to enhance the identification of individuals who are more likely to engage in risk behaviors related to firearm possession and carry |
en |
dc.format.extent |
110 p.| il |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Psicologia |
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dc.subject.classification |
Porte de arma |
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dc.subject.classification |
Psicodiagnóstico |
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dc.subject.classification |
Personalidade |
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dc.title |
O papel das variáveis psicológicas, demográficas, ocupacionais e clínicas na avaliação da propensão ao risco de portar arma de fogo em policiais civis |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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