Abstract:
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Introdução: O politrauma é decorrente de um evento traumático que libera uma grande
quantidade de energia, pode ser causado por acidentes de trânsito ou situações de outra
natureza, onde o indivíduo sofre múltiplas lesões, internas ou externas, o que classifica o
politraumatismo como um quadro grave de saúde que pode levar à falência e disfunções de
órgãos vitais. Entende-se que a atuação do enfermeiro diante da vítima de politrauma
contribui significativamente com o bom prognóstico, visto que esse tipo de paciente exige
rápidas e eficazes intervenções. Para tanto, é necessário que o enfermeiro seja dotado de
autonomia para desenvolver suas atribuições, nessa perspectiva, levanta-se a questão
norteadora: Qual a autonomia do enfermeiro diante do atendimento ao paciente
politraumatizado na emergência? Objetivo: Analisar a autonomia profissional do enfermeiro
no atendimento ao paciente vítima de politrauma na emergência. Objetivos específicos:
Identificar as atividades realizadas pelos enfermeiros no atendimento a vítima de politrauma;
Descrever fragilidades e potencialidades relacionadas à autonomia profissional do enfermeiro
no atendimento a vítima de politrauma; Relacionar as características das atividades realizadas
pelo enfermeiro com o que são atribuições do enfermeiro. Método: trata-se de um estudo
exploratório-descritivo desenvolvido com 11 enfermeiras, sendo quatro atuantes na
emergência do Hospital Regional de São José Dr Homero de Miranda Gomes, e as sete
demais na emergência do Hospital Governador Celso Ramos. A pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina sob o parecer
no6.051.829 e CAAE 681422223.4.3001.5360. A coleta de dados foi realizada por meio de
entrevistas com perguntas gatilhos no mês de abril de 2024. A análise se deu por meio do
método de Bardin, onde as entrevistas após transcritas, passaram por uma pré análise,
agrupamento dos dados e por fim, interpretação dos resultados. Resultados: foi possível
elencar quatro categorias: 1. Autonomia Presente, que evidencia a existência da autonomia do
enfermeiro e os procedimentos que estão atrelados à responsabilidade da enfermagem; 2.
Relação da Autonomia com a Organização do Trabalho, que emerge o conhecimento
técnico-científico como um dos principais influenciadores da autonomia; 3. Fragilidades
Encontradas, onde é possível observar alguns fatores como sobrecarga de trabalho, falta de
estrutura institucional, falta de oferta de cursos capacitores por parte da instituição, entre
outros prejudiciais; 4. Potencialidades Encontradas, que destaca a equipe multidisciplinar, o
serviço de referência ao politrauma e outros que colaboram com a autonomia do enfermeiro.
Conclusão: com base nos achados foi possível identificar uma autonomia positiva no
atendimento do enfermeiro à vítima de politrauma na emergência, atrelado diretamente à sua
expertise, atributo desenvolvido por meio da vivência profissional e conhecimento técnico
científico, conhecimento este que é uma lacuna institucional. |