Consulta de Enfermagem em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde: Potencialidades e Fragilidades

Abstract

Introdução: A Atenção Primária à Saúde tem como um de seus princípios fundamentais possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de saúde, inclusive para aquelas que necessitam de cuidados em saúde mental. Nesse contexto, o profissional enfermeiro desempenha um papel central ao acolher esses usuários, oferecendo suporte durante o processo de cuidado e estabelecendo vínculos significativos por meio da consulta de enfermagem. Objetivo: Compreender como ocorre a Consulta de Enfermagem em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, desenvolvida com enfermeiros da Atenção Primária à Saúde, no período entre abril e maio de 2024 em um município da Região Sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada, após o consentimento dos participantes, por meio de entrevistas individuais, guiadas por um roteiro semiestruturado, sendo gravadas e transcritas, enviadas aos participantes por correio eletrônico, para validação dos dados. As respostas foram organizadas, selecionadas e armazenadas no Google Drive® e os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: A partir da análise dos dados, elaborou-se duas categorias: A consulta de enfermagem em saúde mental na APS: acolhimento por demanda espontânea; Potencialidades e Fragilidades na Consulta de Enfermagem em Saúde Mental na APS. Considerações Finais: Este estudo inclui as principais potencialidades e fragilidades apontadas pelos enfermeiros no âmbito da Consulta de Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde. Mesmo diante dos desafios e limitações, destaca-se a capacidade técnico-científica dos enfermeiros em sua prática assistencial para elaborar um plano terapêutico singular. Esse plano considera as especificidades de saúde de cada indivíduo e os aspectos psicossociais que o cercam, suas potencialidades e fragilidades. Enfatiza-se a integralidade e a longitudinalidade como ferramentas de relevância no processo de cuidado, realizado no cotidiano do atendimento ao usuário na saúde mental, no contexto da Atenção Primária.