Entre saberes tácitos e acadêmicos: o método MDD vivenciado no quilombo de Monge Belo -MA

Abstract

O presente artigo objetivou contribuir, por meio da abordagem do Design Participativo Relacional, para o questionamento sobre como a aproximação dos saberes tácito e científico poderiam contribuir para a sustentabilidade de processos e produtos artesanais no quilombo de Monge Belo, no Maranhão. Para isso, utilizamos como abordagem metodológica o MDD (Material Driven Design) proposto por Karana et al. (2015), metodologia que aborda os aspectos tangíveis e intangíveis de um material e tem como foco as experiências vivenciadas a partir desse contato entre designers e artesãs. Para este fim, realizamos testes em laboratórios (UFMA e UEMG) e, posteriormente, prototipamos esse processo junto com o grupo de mulheres, aqui denominadas como nossas copesquisadoras, na comunidade. Os achados da pesquisa em laboratório, como a eficácia do leite de bananeira e limão, bem como a relação com os ciclos de lavagens das amostras, foram traduzidos para uma linguagem e metodologia passíveis de serem desenvolvidas no quilombo, pelas mulheres, propiciando a autonomia produtiva

This article aimed to contribute, through the Relational Participatory Design approach, to the question of how the approximation of tacit and scientific knowledge could contribute to the sustainability of artisanal processes and products in the quilombo of Monge Belo, in Maranhão. To this end, we used MDD (Material Driven Design) proposed by Karana et al. as a methodological approach. (2015), a methodology that addresses the tangible and intangible aspects of a material and focuses on the experiences lived through this contact between designers and artisans. To this end, we carried out tests in laboratories (UFMA and UEMG) and, later, we prototyped this process together with the group of women, here called our co-researchers, in the community. The findings of laboratory research, such as the effectiveness of banana tree milk and lemon, as well as the relationship with the sample washing cycles, were translated into a language and methodology that could be developed in the quilombo, by women, providing productive autonomy