dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Arienti, Patrícia Fonseca Ferreira |
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dc.contributor.author |
Soares, Janypher Marcela Inácio |
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dc.date.accessioned |
2024-08-07T23:24:39Z |
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dc.date.available |
2024-08-07T23:24:39Z |
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dc.date.issued |
2024 |
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dc.identifier.other |
387193 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/257019 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, Florianópolis, 2024. |
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dc.description.abstract |
A sociedade atual e o crescimento do comércio ampliaram as transações financeiras. Para que essas sejam realizadas, é necessário um meio, algo que atue como intermediário nas trocas. Nessa lógica, surge a moeda. Mundialmente, diversas são as moedas utilizadas. Hierarquicamente, as moedas são diferentes. Algumas delas, exercem mais funções. Já outras menos funções. Quando uma moeda realiza todas as suas funções nacionais ? meio de troca, unidade de conta e reserva de valor ? no cenário internacional, é possível afirmar que, essa moeda ocupa o topo dessa hierarquia. Para uma moeda ocupar esse espaço, o Estado emissor, deve ser um ator importante no cenário internacional, pois, caso não seja, os demais não irão utilizar amplamente a moeda desse. Isto é, o país deve ter influência e poder sobre os demais. Esse país, com poder hegemônico, tende a direcionar os demais países a agirem da forma que ele considera adequada. Esse cenário é, comumente, mencionado como sendo gerador de um ?privilégio exorbitante? para o emissor. Porém, para que esse panorama se concretize, há custos ou ?deveres exorbitantes?, que o hegemon deve arcar. Nesse sentido, esta tese buscou analisar os custos políticos e econômicos da manutenção do dólar como moeda internacional e a hegemonia monetária estadunidense nos séculos XX e XXI. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram elencados três objetivos específicos: descrever o processo histórico e político da ascensão e queda das moedas internacionais utilizadas a partir do século XX; relacionar as alterações políticas estadunidenses com a hegemonia monetária dos EUA; e, verificar os custos políticos e econômicos da manutenção do dólar como moeda internacional. A partir de uma pesquisa bibliográfica, documental e exploratória em bases de dados do Congresso norteamericano, órgãos governamentais e bases de organismos internacionais foi realizada a coleta de dados necessária para esse estudo. Dentre os resultados obtidos, verificou-se que, historicamente, outros países atuaram como hegemon no que tange a questão monetária. Um deles foi a Grã-Bretanha por meio da libra, e, a partir de 1945, os Estados Unidos assumiram a hegemonia mundial. Para que essa hegemonia monetária internacional aconteça, há benefícios e custos para o país emissor, tanto no aspecto econômico quanto político. Na questão dos benefícios, a partir de Chey (2012), e Cohen (2015), foi verificado que os custos de transação reduzidos, a senhoriagem internacional, a flexibilidade macroeconômica, a alavancagem política e a reputação, são os principais benefícios. Em se tratando dos custos, verificou-se uma maior valorização do dólar americano, inibindo a utilização desse enquanto instrumento de política pública. Neste mesmo sentido, há uma maior restrição externa e responsabilidade política para o país emissor da principal moeda internacional. De modo que, a utilização da taxa de juros, também, é prejudicada, pois, o poder de contágio para com o sistema internacional é considerável. Por fim, foi verificado que, há impactos na indústria nacional do emissor. Esses impactos, podem ser, um crescimento relevante das importações, uma queda nas exportações ou ainda, uma fuga de empresas multinacionais para países com menores custos. Do ponto de vista da política interna estadunidense, os instrumentos tradicionais, não podem ser utilizados de maneira a priorizar apenas o cenário nacional, visto o impacto que geraria nos demais países. A escolha, por priorizar o externo em detrimento do interno, ou vice-versa, tende a ser alinhada com as premissas defendidas pelos partidos norte-americanos. Dessa forma, observou-se que, governos democratas tendem a agir para, ampliar a hegemonia monetária norte-americana, por meio do fortalecimento da influência frente ao cenário internacional. Os governos republicanos, no geral, tendem a atuar no fortalecimento da hegemonia militar e na redução do multilateralismo. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Today's society and the growth of commerce have expanded financial transactions. For these to be carried out, a means is needed, something that acts as an intermediary in exchanges. In this logic, currency emerges. Worldwide, there are several currencies used. Hierarchically, the currencies are different. Some of them perform more and others less functions. When a currency performs all its national functions ? medium of exchange, unit of account and store of value ? on the international scene, it is possible to say that this currency occupies the top of this hierarchy. For a currency to occupy this space, the issuing State must be an important actor on the international scene because, if it is not, others will not widely use its currency. That is, the country must have influence and power over others. This country, with hegemonic power, tends to direct other countries to act in the way it considers appropriate. This scenario is commonly mentioned as generating an ?exorbitant privilege? for the issuer, however, for this scenario to come to fruition, there are costs or ?exorbitant duties? that the hegemon must bear. In this sense, this thesis sought to analyze the political and economic costs of maintaining the dollar as an international currency and US monetary hegemony in the 20th and 21st centuries. In order for this objective to be achieved, three specific objectives were listed: to describe the historical and political process of the rise and fall of international currencies used from the 20th century onwards; relate American political changes to US monetary hegemony; and, verify the political and economic costs of maintaining the dollar as an international currency. Based on bibliographical, documentary and exploratory research in databases from the North American Congress, government agencies and databases of international organizations, the necessary data collection for this study was carried out. Among the results obtained in this study, it was found that, historically, other countries acted as hegemon regarding the monetary issue, one of them was Great Britain through the pound, and, from 1945, the United States assumed hegemony. WorldWide. For this international monetary hegemony to happen, there are benefits and costs for the issuing country, both in economic and political aspects. In terms of benefits, from Chey (2012), and Cohen (2015), it was found that reduced transaction costs, international seigniorage, macroeconomic flexibility, political leverage and reputation are the main benefits. When it comes to costs, there was a greater appreciation of the US dollar, inhibiting the use of this as an instrument of public policy. In this same sense, there is greater external restriction and political responsibility for the country issuing the main international currency. Therefore, the use of the interest rate is also harmed, as the power of contagion towards the international system is considerable. Finally, it was verified that there are impacts on the issuer's national industry. These impacts could be a considerable growth in imports, a drop in exports, or even a flight of multinational companies to countries with lower costs. From the point of view of US domestic policy, traditional instruments cannot be used in a way that prioritizes only the national scenario, given the impact it would generate in other countries. The choice, by prioritizing the external harming of the internal, or vice versa, tends to be aligned with the premises defended by North American parties. Thus, it was observed that democratic governments tend to act to expand North American monetary hegemony, by strengthening influence on the international scene. Republican governments, in general, tend to act to strengthen military hegemony and reduce multilateralism. |
en |
dc.format.extent |
280 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Relações internacionais |
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dc.subject.classification |
Moedas |
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dc.subject.classification |
Dólar americano |
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dc.subject.classification |
Moeda |
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dc.title |
A hegemonia monetária estadunidense: uma análise dos custos da manutenção do dólar como moeda internacional |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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