Abstract:
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A bocha paralímpica é uma modalidade de esporte que se desenvolve e cresce cada dia mais. É
um esporte que apresenta dinamismo em suas jogadas, exigindo muito foco e estratégia. Por ser
dividida em classes, a bocha permite a participação de paratletas de diferentes níveis da
deficiência físico-motora, desde que atendam os requisitos da classificação funcional. No
entanto, alguns atletas, ao participarem dos jogos e competições, encontram barreiras em
diversos aspectos, podendo estas, dificultar a sua participação. Sendo assim, o objetivo deste
estudo é identificar as barreiras percebidas pelos paratletas de bocha paralímpica nas
competições esportivas. Trata-se de um estudo transversal e qualitativo. Participaram deste
estudo 8 paratletas, sendo 2 de cada classes/categoria, nos quais dois eram do sexo feminino e
seis do sexo masculino, com idade entre 20 e 40 anos. Eles foram entrevistados por meio de
roteiro semiestruturado, composto com perguntas sobre as suas características e suas
percepções sobre dificuldades encontradas nas competições esportivas. Durante a entrevista as
respostas foram gravadas por um smartphone e posteriormente transcritas para análise. Para
analisá-las, foi utilizado a análise de conteúdo de Bardin, ou seja, a divisão da análise do
conteúdo em três categorias: 1) pré-análise; 2) exploração do material; 3) tratamento dos
resultados, inferência e interpretação. Com os relatos obtidos, identificou-se que os paratletas
da bocha paralímpica mencionaram, de forma mais destacada, as seguintes barreiras:
Arquitetônicas (8), Barreiras de Recursos Humanos (8), seguidas das Barreiras Urbanísticas
(6), Barreiras de Transporte (6), Barreiras Pessoais (5), Barreiras Financeiras (5), Barreiras
Atitudinais (4), Barreiras Climáticas (4), Barreiras Organizacionais (3), Barreiras de Falta de
Incentivo ao Paradesporto (3) e Barreiras Específicas do Esporte (1). De modo geral, os
resultados revelaram uma variedade de barreiras enfrentadas pelos atletas, agrupadas em
categorias-chave. No âmbito da acessibilidade, identificaram-se desafios relacionados à
infraestrutura esportiva inadequada e à falta de recursos adaptados. Barreiras organizacionais
incluíram a ausência de fiscalização preventiva por parte da organização de modo geral, ou seja,
uma vistoria antecipada de modo que fornecesse a adaptação correta nos alojamentos, hotéis,
refeitórios e no ginásio durante eventos paradesportivos. As barreiras urbanísticas impactaram
a mobilidade dos atletas, e |