Efeito alelopático do extrato aquoso de Pisolithus sp. na germinação e no crescimento inicial de Eugenia astringens Cambess. (Myrtaceae)

DSpace Repository

A- A A+

Efeito alelopático do extrato aquoso de Pisolithus sp. na germinação e no crescimento inicial de Eugenia astringens Cambess. (Myrtaceae)

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Rodrigues, Guilherme de Almeida
dc.contributor.author Machado, Julia Pankoski
dc.date.accessioned 2024-08-23T19:42:32Z
dc.date.available 2024-08-23T19:42:32Z
dc.date.issued 2024-07-17
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/257841
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas. pt_BR
dc.description.abstract A restinga é um ecossistema costeiro da Mata Atlântica que tem uma grande biodiversidade, mas que sofre ameaças constantes, principalmente por ações antrópicas. Um dos problemas presente nesse ambiente é a introdução de espécies vegetais exóticas invasoras, como Pinus e Eucalyptus. Essas espécies conseguem se estabelecer por diferentes meios, incluindo a alelopatia, fenômeno em que metabólitos secundários de um organismo afetam o crescimento de outros. Pisolithus sp. é um gênero de fungo ectomicorrízico que foi introduzido na restinga juntamente ao Pinus e Eucalyptus. Muitos estudos são realizados para avaliar os impactos da flora exótica na biodiversidade nativa, mas ainda não se sabe se espécies vegetais nativas, como a Eugenia astringens (Myrtaceae), que é endêmica da restinga, pode ser afetada pelos compostos alelopáticos produzidos pelo basidioma desse fungo. Considerando que espécies exóticas costumam apresentar efeitos alelopáticos negativos em relação às espécies nativas, o objetivo deste trabalho foi avaliar se diferentes concentrações do extrato aquoso de Pisolithus sp. inibiriam a germinação e limitariam o crescimento inicial de E. astringens e de tomate, espécie bioindicadora. As sementes e os basidiomas foram coletados em Florianópolis. O extrato foi feito a partir da gleba fresca diluído em água destilada em 4 concentrações (0,05%, 0,1%, 0,5% e 1%) e uma amostra foi retirada para um screening micoquímico. Para análise da germinação foram avaliados porcentagem, índice de velocidade e tempo médio. Além disso, mediu-se o comprimento da raiz e da parte aérea das plântulas e foi contabilizado o número de raízes laterais de E. astringens. Para determinar se houve diferença estatística entre os tratamentos, se utilizou análise de variância fatorial simples acompanhado de Teste de Tukey com nível de significância p≤0,05. Quanto aos parâmetros da germinação, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Porém, as plântulas em ambas as espécies submetidas ao tratamento com extrato aquoso de Pisolithus sp. tiveram aumento significativo no comprimento de raiz e da parte aérea. Quanto à E. astringens, o comprimento de raiz teve um crescimento de 35,3% em relação ao controle. Quanto ao tomate, todos os tratamentos apresentaram diferença significativa em relação ao controle e o extrato 1% teve um aumento de 472.5% em relação ao controle. Além disso, 90% das plântulas de E. astringens apresentaram raízes laterais em comparação a 20% do controle. Nenhum dos compostos testados na análise micoquímica estavam presentes, o que pode explicar a não inibição germinativa. Ainda, o Pisolithus pode sintetizar IAA, hormônio que em baixas concentrações é responsável pela modulação do crescimento radicular, especialmente raízes laterais, o que corrobora com os dados obtidos. Esses resultados indicam que o fungo exótico não apresenta nenhum malefício para as duas espécies testadas e pode auxiliá-las a se estabelecer no ambiente, mesmo não fazendo associação ectomicorrízica. Todavia, mais estudos são necessários para verificar se este efeito se estende a outras espécies da restinga e quais os impactos destes fungos na micobiota local. pt_BR
dc.description.abstract The restinga is a coastal ecosystem in the Atlantic Forest that has great biodiversity, but suffers constant threats, mainly from human actions. One of the issues in this environment is the presence of invasive plants, such as Pinus and Eucalyptus. These species have successfully established themselves through different means, including allelopathy, a phenomenon in which secondary metabolites from one organism affect the growth of others. Pisolithus sp. is a genus of ectomycorrhizal fungi that arrived at restinga along with Pinus and Eucalyptus. Many studies have evaluated the impacts of alien plats on native biodiversity, but it is unknown whether native plant species, such as Eugenia astringens (Myrtaceae), an endemic species, can be affected by allelopathic compounds produced by the basidiome of Pisolithus. Considering that allelocompounds of exotic species tend to negatively affect the native ones, the goal of this study was to evaluate if different concentrations of the aqueous extract of Pisolithus sp. inhibits the germination and limit the early growth of E. astringens and tomato, a bioindicator species. To determinate if there was a statistically difference among the treatments, we used simple factorial variance analysis followed by Tukey test with significance level p≤0.05. As for the germination parameters, there was no significant difference among treatments. However, seedlings in both species treated with aqueous extract of Pisolithus sp. had a significant increase in root and shoot length. As for E. astringens, root length increased by 35.3% compared to the control. As for tomatoes, all treatments showed a significant difference and the 1% extract had an increase of 472.5% in relation to the control. None of the compounds evaluated in the mycochemical analysis were present, which may explain the non-inhibition of germination. Furthermore, Pisolithus can synthesize IAA, a hormone that in low concentrations is responsible for modulating root growth, especially lateral roots, which corroborates with our data. These results indicate that the non-native fungus does not affects negatively the two species evaluated and even can help them to growth without forming an ectomycorrhizal association. However, more studies are necessary to verify whether this effect extends to other restinga species and what impacts these fungi have on the local mycobiota pt_BR
dc.format.extent 40 pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access. en
dc.subject alelopatia pt_BR
dc.subject fungo exótico pt_BR
dc.subject planta nativa pt_BR
dc.subject restinga pt_BR
dc.subject sementes pt_BR
dc.title Efeito alelopático do extrato aquoso de Pisolithus sp. na germinação e no crescimento inicial de Eugenia astringens Cambess. (Myrtaceae) pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR
dc.contributor.advisor-co Neves, Maria Alice


Files in this item

Files Size Format View Description
TCC JULIA PANKOSKI MACHADO.pdf 1.388Mb PDF View/Open TCC

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar