O rap em cena como acontecimento: produzindo um devir noutro tempo histórico

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O rap em cena como acontecimento: produzindo um devir noutro tempo histórico

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Wolff, Cristina Scheibe
dc.contributor.author Araujo, Talita Fernandes
dc.date.accessioned 2024-08-29T23:25:53Z
dc.date.available 2024-08-29T23:25:53Z
dc.date.issued 2024
dc.identifier.other 387465
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/258468
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2024.
dc.description.abstract Essa dissertação é um esforço teórico para construção de uma nova política do tempo, a partir dos versos de rappers brasileiros diversos. Assumindo então uma posição política contra hegemônica dentro dos \"estudos do tempo\" a fim de construir uma discussão que dê conta das corporeidades racializadas pela modernidade. Os/As poetas narram então em seus versos como são atravessados pela experiência da racialização cotidianamente. Portanto no procedimento poético da escrita dos versos os rappers acionam o enunciado da escravidão para denunciar a violência racial antinegra na contemporaneidade. Sendo assim se a escravidão é em tese pelo tempo disciplinar uma temporalidade muito distante do tempo presente, por que esse enunciado faz sentido no mundo contemporâneo? Como os/as rappers estão experimentando o tempo histórico na escrita dos seus versos? É importante demarcar que a então pesquisa tem um posicionalidade definida, a mulher negra que escreve, vai aparecendo no texto em momentos diversos, o percurso da escrita caminhou para uma escrita indisciplinar da história. Considerando assim que o rap vem da cultura hip-hop, sendo uma forma de linguagem que nasce afro-diáspora a partir dos fluxos e contrafluxos, constituindo um lugar em que sujeitos alijados nos guetos constroem e experimentam narrativas das suas existências. A palavra produz um corpo, um corpo produz uma palavra, enunciando assim outras formas de existir no mundo. Então de que forma os sujeitos estão narrando sobre essa temporalidade ficcionada pelos versos? A partir dessa premissa será trabalhado durante todo percurso da pesquisa algum verso. Sendo assim para não cair na <ignorância branca= que reproduz modelos epistemológicos e cognitivos inventados pela modernidade. É necessário primordialmente questionar a bases conceituais de construções de conhecimento, para contar e narrar a história dos sujeitos raciais. Portanto o lugar epistemológico desta dissertação o do feminismo negro, do gênero, da crítica radical negra, estando a pesquisa em um esforço a epistêmico de construção de uma contra história a partir da indisciplinariedade. Conseguinte qual tempo histórico é montando no corpo produzido pelos versos? O que fazer com o indizível que compõe certa temporalidade dos versos, que não cabe em matriz temporal linear? Os/As poetas estão fabulando outras temporalidades ficcionando um tempo história contra hegemônico produzindo uma contra narrativa assim da sua existência e insistindo na vida.
dc.description.abstract This dissertation is a theoretical effort to construct a new policy of time, based on the verses of different Brazilian rappers. Assuming a counter-hegemonic political position within <time studies= in order to build a discussion that takes into account the corporeities racialized by modernity. The poets then narrate in their verses how they are crossed by the experience of racialization on a daily basis. Therefore, in the poetic procedure of writing the verses, the rappers use the statement of slavery to denounce anti-black racial violence in contemporaneity. As a result, if slavery is in theory, due to the discipline of time, a temporality very distant from the present time, why does this statement make sense in the contemporary world? How are rappers experiencing historical time when writing their verses? It is important to demarcate that this research has a defined positionality, the black woman who writes it appears in the text at different times, the writing path moved towards an undisciplined writing of history. Considering that rap comes from hip-hop culture, being a form of language that is borne Afro-diasporic from flows and counter-flows, constituting a place in which subjects discarded in ghettos construct and experience the narratives of their existence. The word produces a body, a body produces a word, thus enunciating other ways of existing in the world. So, how are the subjects narrating about the temporality fictionalized by the verses? From this premise, some verse will be worked on throughout the research. Therefore, to avoid falling into <white ignorance= that reproduces epistemological and cognitive models invented by modernity, it is necessary primarily to question the conceptual bases of knowledge constructions, to tell and narrate the history of racial subjects. Therefore, the epistemological place of this dissertation is black feminist, of gender, of the black radical criticism, with the research in an epistemic effort to construct a counter-history based on indisciplinarity. Therefore, what historical time is assembled in the body produced by the verses? What to do with the indescribable that makes up a certain temporality of the verses, an indescribable temporality that does not fit into a linear temporal matrix? The poets are fabulating other temporalities, fictionalising a counter-hegemonic historical time, thus producing a counter-narrative of their existence and insisting on life. en
dc.format.extent 97 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification História
dc.subject.classification Rap (Música)
dc.subject.classification Músicos de rap
dc.subject.classification Teoria crítica
dc.subject.classification Relações de gênero
dc.subject.classification Racismo
dc.subject.classification Feminismo
dc.title O rap em cena como acontecimento: produzindo um devir noutro tempo histórico
dc.type Dissertação (Mestrado)


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