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A Frame Running (FR) pode ser considerada uma prática promissora de exercício físico, terapia, esporte e lazer. Embora estudos recentes sobre Frame Running explorem aspectos associados à qualidade de vida, classificação funcional e treinamento esportivo, pouco se sabe a respeito das demandas metabólicas de pessoas sem deficiência e pessoas com paralisia cerebral durante a corrida na FR. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar a energética da corrida na FR de pessoas com e sem paralisia cerebral em diferentes velocidades de deslocamento. Participaram do estudo 2 pessoas com paralisia cerebral (mulher com PC espástica, 36 anos, 47kg de massa corporal, 155 cm de estatura; homem com PC atáxica, 48 anos, 76kg de massa corporal, 176 cm de estatura) e 8 pessoas sem deficiência (4 mulheres, 4 homens; 23,5 ± 2,1 anos de idade; 59,5 ± 5,5 kg de massa corporal; 168 ± 9,3 cm de estatura). A pesquisa foi realizada em 3 dias diferentes, com no mínimo 48 horas de intervalo entre os dias. A etapa 1 contou com os ajustes posturais e a familiarização na FR com um teste de 6 minutos. Na etapa 2, os participantes realizaram o teste de 6 minutos de corrida na FR na pista de atletismo. Neste dia foram registrados a máxima distância percorrida, consumo de oxigênio com o K5 COSMED e a percepção de esforço subjetivo (PSE). Finalmente na etapa 3 foi aplicado o protocolo de custo energético em 3 velocidades submáximas, estipuladas a partir da velocidade média atingida por cada indivíduo da etapa 2. O valor médio do custo energético para andar na FR resultou em 1,62 ± 0,06 J/kg/m e parece ser independente das velocidades (entre 2,6 e 4,4 m/s) nas pessoas sem deficiência. Pela característica da corrida na FR, a massa corporal em sua maioria fica sustentada pelo selim, assim o custo energético reduz mais da metade quando comparamos com a corrida livre (4J/kg/m). Analisando esse gasto energético em pessoas com paralisia cerebral percebemos que o tipo de deficiência interfere no custo. O sujeito com maior funcionalidade (PC atáxica) apresentou valores similares aos do grupo sem deficiência (custo médio de 1,95 ± 0,10 J/kg/m nas velocidades 2,8; 3,1 e 3,3 m/s). Por outro lado, o sujeito com menor funcionalidade (PC espástica) apresentou aumento do C com o aumento da velocidade. |
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