A mediação cultural na vivência da mulher e sua família durante o processo gestacional

Abstract

O estudo busca conhecer a influência cultural na participação de gestantes, puérperas e seus familiares no cuidado pré-natal de risco habitual. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com vertente antropológica, aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 6.486.993. O estudo foi realizado em todo o território brasileiro, e incluiu gestantes de risco habitual dos diferentes trimestres gestacionais e puérperas até 45 dias após o parto, sendo necessário estar realizando o acompanhamento pré-natal durante o período da pesquisa, ou, no caso das puérperas, ter realizado o acompanhamento. Obteve-se a participação de 22 gestantes e cinco puérperas. A participação dos familiares dessas mulheres também estava inclusa, porém, não obteve-se nenhuma resposta destes. Os dados foram coletados por meio de um questionário elaborado no Google Forms®, sendo que o mesmo foi divulgado nas redes sociais, como WhatsApp® e Instagram®, e foram analisados com base nas recomendações da etnoenfermagem. Os resultados apontaram que a cultura permeia as ações do cotidiano das gestantes, puérperas e de seus familiares, evidenciando o envolvimento da família no período gestacional. Esta fase é marcada por aspectos socioculturais e também por fatores emocionais e estruturais, que modificam a dinâmica familiar. Sendo assim, conclui-se que o enfermeiro desempenha um papel fundamental no cuidado pré-natal de risco habitual, sendo o primeiro profissional a ter contato com as gestantes. Por meio desse estudo, espera-se que estudantes e profissionais da saúde compreendam um pouco mais acerca da influência cultural no processo gestacional, bem como a importância do tema para que um atendimento de qualidade seja prestado nessa fase que costuma ser tão importante na vida das mulheres e seus familiares.