Utilização de Compostos Orgânicos Não Voláteis de Trichoderma no Controle de Sclerotinia sclerotiorum e Sclerotium rolfsii

Abstract

O mofo-branco e a podridão do colo, causados pelos fungos Sclerotinia sclerotiorum e Sclerotium rolfsii, são doenças graves que acometem os grandes cultivos por conta da produção de estruturas de sobrevivência que podem permanecer viáveis no solo por anos. O controle mais comum é feito com fungicidas químicos, mas devido à busca por práticas mais sustentáveis, o controle biológico tem ganhado destaque. O fungo Trichoderma se mostra uma alternativa promissora, reduzindo o inóculo dos fitopatógenos com eficiência e especificidade, além de diminuir o impacto ambiental. Diante disso o presente exposto teve como objetivo avaliar in vitro o potencial de controle dos fungos S. sclerotiorum e S. rolfsii submetidos aos compostos orgânicos não voláteis de diferentes isolados de Trichoderma coletados na região de Brunópolis-SC. Foram analisados 8 isolados identificados 1A; 36A; 98A; 99A; 111B; 112B; 36B; 102B e um isolado do produto comercial Thichodermil (TCOM). O teste de inibição do crescimento micelial após a exposição aos compostos orgânicos não voláteis consistiu-se da raspagem do micélio do fungo antagonista com 10 dias de cultivo, filtrados com o auxílio de gazes e adicionado juntamente com meio BDA a uma proporção de 30%. Com os dados obtidos foram calculados a porcentagem de inibição e porcentagem de redução da velocidade do crescimento do fitopatógeno. As avaliações foram realizadas duas vezes ao dia, através da medição do crescimento. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e 5 repetições, assim os dados coletados foram submetidos à análise de variância no software R e comparadas pelo teste de Scott Knott, ao nível de significância de 5%. Conforme os resultados analisados, para o S. rolfsii os isolados que mais se destacaram na inibição de crescimento e velocidade de crescimento foram TCOM e 36B, ambos com aproximadamente 50% de controle total. Já para o fungo S. sclerotiorum houve um maior número de tratamentos satisfatórios, sendo estes 111B, TCOM, 99A e 98A, que obtiveram resultados superiores a 50% de controle. Os resultados obtidos para ambos os fungos Fitopatogênicos testados foram satisfatórios, evidenciando um grande potencial de controle dos isolados encontrados na região de Santa Catarina.