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O trabalho apresenta uma análise sobre as variáveis de ineficiências do transporte público e mobilidade em Palhoça. Analisando políticas públicas de transporte no atendimento, dando ênfase nas demandas específicas da população de Palhoça em relação ao sistema de transporte coletivo, considerando as necessidades de deslocamentos a partir das interações espaciais. O trabalho em questão, traz consigo o debate de como a centralidade de Florianópolis interfere no sistema de transportes de Palhoça e de que modo é realizado o movimento pendular pelos usuários que residem em Palhoça, mas, realizam as mais diversas atividades em Florianópolis.
Sendo conduzido através de metodologias quantitativas e qualitativas, possibilitando responder a problemática central do trabalho – funcionamento do transporte público em Palhoça, como um todo – e utilizando estratégias como entrevistas, saídas de campo e referenciais bibliográficos para compreender as dinâmicas presentes no que diz respeito ao transporte público na Palhoça e como este atende Florianópolis. Enfatiza-se no decorrer do trabalho, obras e autores que apresentam a urbanização e estruturação do município de Palhoça e da Região Metropolitana de Florianópolis (RMF), para facilitar a seleção de conceitos que tragam para o texto a melhor argumentação possível que acercam o tema e facilitam na análise da problemática. No mais, se tem a exploração de informações oferecidas por órgãos públicos como a Prefeitura de Palhoça, IBGE e outros órgãos que cercam essa temática.
Entre os resultados obtidos até o presente momento, percebe-se que a área territorial de Palhoça é de 394,850 km² (IBGE), sendo assim, em extensão territorial, o segundo maior município do núcleo metropolitano, perdendo apenas para a capital catarinense, Florianópolis. Consequentemente isso gera a necessidade de algumas linhas percorrerem um trajeto mais longo internamente até sair do município de Palhoça e se dirigir para Florianópolis. Nesse contexto, é notável a desigualdade presente dentro do território de Palhoça, um morador que tem sua residência no bairro Enseada de Brito e necessita se deslocar até o Centro de Florianópolis, por exemplo, leva quase 40 km até o destino, levando cerca de 1 hora e 30 minutos para realizar o seu trajeto – desconsiderando eventos como acidentes, congestionamento, entre outros –. Todavia, a tarifa não é completamente unificada, isto é, a tarifa é ‘’regionalizada’’, o morador de Enseada de Brito paga mais caro na tarifa em comparação a outros bairros mais próximos ao Centro ou a Florianópolis. Nesse contexto, uma discussão surge, sendo ela: A tarifa elevada, a localização geográfica e a não integração dentro do município de Palhoça, limita o morador a se movimentar dentro do território? A partir disso, direcionamos a atenção para o debate sobre as interações espaciais, formas, funções, estruturas e processos. |
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