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Introdução: Altos níveis de estresse têm sido relacionado a alterações nas funções neurocomportamental e vascular, favorecendo o desenvolvimento de diferentes doenças crônicas. Por outro lado, o treinamento funcional está relacionado com a redução de sintomas decorrentes do estresse e efeitos positivos na qualidade de vida e saúde. No entanto, os efeitos do treinamento funcional nos respectivos desfechos em estudantes de doutorado permanecem inexplorada. Objetivo: avaliar os efeitos do treinamento funcional nos níveis de estresse e sua associação com as funções neurocomportamental e vascular em estudantes de doutorado. Métodos: Foram considerados todos os programas de doutorado acadêmico da Universidade Federal de Santa Catarina. Os estudantes foram randomizados para um dos dois grupos: Grupo Treinamento Funcional (GTF, 12 semanas intervenção) e Grupo Controle (GC – sem intervenção, 12 semanas de atividades habituais). Após a randomização, todas as variáveis foram coletadas antes do início da pesquisa (pré-teste) e após 12 semanas (pós-teste). Para as coletas de dados, foram utilizados as seguintes avaliações e instrumentos: avaliação do estresse percebido, avaliação da função cognitiva e avaliação da função vascular (reatividade da artéria carótida ao teste de pressor ao frio). Para análise dos dados, foi realizado o teste de análise de variância (ANOVA) two-way para medidas repetidas com pós-teste de Bonferroni. Para todas as análises, foi considerado nível de significância de P<0.05. Resultados: A amostra final foi composta por 16 participantes (GC: n = 08; GTF: n = 08). Na percepção do estresse, avaliada pela Escala de Estresse Percebido-10 (PSS-10), o GTF (Pré: 24,7 ± 6,2; Pós: 15,0 ± 6,5; P < 0,001) obteve reduções, enquanto o GC (Pré: 17,6 ± 3,7; Pós: 20,3 ± 6,0; P = 0.429) não apresentou alterações nesse parâmetro. Na função cognitiva, o GTF (Pré: 40,8 ± 8,1; Pós: 46,3 ± 11,3; P = 0,006), apresentou diferenças no número de acertos do Paced Auditory Serial Addition Test (PASAT) não sendo observado alterações no GC (Pré: 46,0 ± 10,1; Pós: 43,8 ± 11,4; P = 0,556). Os outros testes cognitivos não apresentaram diferença significativa. Na função vascular, não foi encontrada diferença significativa pós intervenção em nenhum dos grupos. Conclusão: Os resultados preliminares demonstram efeitos positivos do treinamento funcional na diminuição da percepção do estresse e na função cognitiva em estudantes de doutorado. |
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