Marcadores Bioquímicos e de Composição Corporal em Indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2 e Excesso de Peso

Abstract

Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) afetam grande parte da população mundial, trazendo sérias consequências econômicas, sociais e sendo um desafio para os sistemas de saúde. Entre essas condições, o diabetes mellitus se destaca, com projeções alarmantes que indicam que até 2045, aproximadamente um em cada oito indivíduos adultos será afetado pela doença. Assim, o projeto "Marcadores Bioquímicos e de Composição Corporal em Indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2" teve como objetivo descrever o perfil bioquímico e a composição corporal de pacientes com diabetes tipo 2 e excesso de peso atendidos no ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC/EBSERH). Realizado durante a vigência da bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e supervisionado pelo Professor Dr. Erasmo Benício Santos de Moraes Trindade, o estudo consiste em um recorte transversal do projeto guarda-chuva intitulado “Efeito da suplementação de probióticos na microbiota intestinal, parâmetros metabólicos, inflamatórios e do estado nutricional de indivíduos com diabetes mellitus tipo 2: ensaio clínico randomizado, placebo controlado e triplo cego”. Dentre os principais achados, destacam-se os elevados níveis de glicemia e hemoglobina glicada, que não atingiram as metas terapêuticas recomendadas. Além disso, os valores de triglicerídeos também encontraram-se acima da faixa de recomendação. As vitaminas e minerais estavam dentro dos valores de referência. O presente estudo buscou trazer contribuições significativas para a compreensão do estado nutricional e metabólico de pacientes atendidos no ambulatório de Endocrinologia e Metabologia do HU/UFSC, visando auxiliar o serviço na condução dos casos. Foi possível perceber uma dificuldade no controle glicêmico, possivelmente influenciada negativamente pelo excesso de peso por meio de diversos mecanismos metabólicos. Quanto ao perfil lipídico, é importante ressaltar que os resultados foram influenciados pelo uso contínuo de estatinas. O mesmo acontece no caso da vitamina D, onde 70% da amostra faz uso de suplementação.