Abstract:
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Esta pesquisa relaciona a Psicologia Ambiental, o conceito de ambientes restauradores para a promoção de saúde e bem-estar e as ações sociais comunitárias no planejamento participativo. O objetivo central é promover o desenvolvimento de ambientes urbanos restauradores, fundamentado nos estudos sobre as relações pessoa-ambiente, com ênfase em espaços verdes urbanos. A metodologia foi dividida em três fases: teórica, empírica e propositiva. Na Fase 1, foi realizada uma revisão de literatura sobre ambientes naturais urbanos e planejamento participativo, o que resultou na criação de quadros-síntese sobre os temas. A pesquisa desenvolvida nos anos 2023/2024 incluiu a continuação da Fase 2 e o início da Fase 3. A primeira ação da Fase 2 teve como resultado a elaboração do método Particip[ATIVA], cujo objetivo é reduzir as dificuldades comuns nos processos de planejamentos participativos e potencializar os efeitos positivos que a prática proporciona. O método é composto por diversas ferramentas, que foram catalogadas e descritas em um "Glossário Prático de Instrumentos", que pode ser utilizado de forma independente do método completo. No final de 2023, iniciou-se a aplicação prática do método Particip[ATIVA] no Morro do Quilombo, Florianópolis, visando requalificar dois terrenos públicos sem função social na comunidade, classificados no Plano Diretor Municipal como Área Comunitária Institucional e Área Verde de Lazer. Até o momento, foi concluído com êxito o primeiro dos três momentos do Método, com destaque para os encontros que promoveram o engajamento e a confiança da comunidade. Atualmente, a equipe de facilitadores está na metade do projeto-piloto, na ação de desenvolvimento de uma proposta preliminar. Na última fase da pesquisa, prevê-se a conclusão definitiva do Método e a criação de ferramentas de comunicação para divulgar as estratégias desenvolvidas. Um exemplo é a plataforma Particip[ATIVA], disponível em participativa.ufsc.br, desenvolvida para apoiar comunidades e profissionais na elaboração de projetos colaborativos de requalificação urbana. Apesar das contribuições significativas, a pesquisa enfrenta algumas limitações, como a complexidade das interações pessoa-ambiente, que pode não ter sido completamente captada, especialmente considerando a diversidade de contextos sociais e culturais. Além disso, a aplicabilidade do modelo Particip[ATIVA] pode variar conforme o contexto, sugerindo a necessidade de adaptações específicas para cada cenário. Para futuras pesquisas, seria pertinente expandir a análise para incluir uma maior diversidade de contextos urbanos e investigar mais profundamente a integração de tecnologias digitais no processo participativo. Em conclusão, este estudo possui grande relevância para o campo do planejamento urbano, pois oferece uma abordagem inovadora que promove o bem-estar e valoriza a participação ativa da comunidade, contribuindo para a construção de cidades mais democráticas e inclusivas. |