Abstract:
|
Os contaminantes emergentes (CEs) são poluentes encontrados no meio ambiente, em especial em recursos hídricos, e que ainda não são corretamente regulamentados. Estes poluentes, tais como resíduos de plastificantes, pesticidas, hormônios e fármacos, são muitas vezes de difícil degradação e podem causar diversos problemas para a saúde humana, como câncer e problemas hormonais. O catecol é listado como um CE, sendo usado na produção de diversos produtos, como pesticidas, tintas, corantes, fármacos e cosméticos. Além de ser um composto tóxico e possivelmente carcinogênico, ele é dificilmente degradado, tornando sua permanência no ambiente um grande problema. Sendo assim, desenvolver métodos para detectar e quantificar esse composto em baixas concentrações é de grande importância. Por esta razão, este trabalho objetiva desenvolver um sensor à base de polímero molecularmente impresso (MIP) para determinação de catecol em matrizes ambientais (águas e efluentes). Até o momento foram realizados estudos de seleção de monômero e molde e planejamento deste novo filme molecularmente impresso, para o qual selecionou-se a fenantrolina para obtenção do filme eletropolimerizado e o catecol como modelo de poluente fenólico. Para este sensor também está sendo empregado um filme de nanotubos de carbono oxigenados (O-NTC), sobre o qual a eletropolimerização do filme de poli(fenatrolina) está sendo feita, resultando em melhoria da adesão do filme polimérico, bem como na resposta eletroquímica para o catecol. Estudos de otimização das condições experimentais de obtenção e de aplicação deste sensor estão em andamento. A técnica de voltametria cíclica está sendo usada para eletropolimerizar a fenantrolina sobre um eletrodo de grafite previamente modificado com um filme de O-NTC. Os parâmetros que estão sendo utilizados para a eletropolimerização dos filmes NIP (não impresso) e MIP são: 10 ciclos, na faixa de potencial de 0,0 V a –1,25 V, usando uma solução aquosa de fenantrolina (6,0 x 10-3 mol L-1) em ácido sulfúrico, na ausência e na presença do molde catecol 3,0 x 10-3 mol L-1, respectivamente. A extração do molde está sendo realizada em solução tampão acetato pH 5, sob agitação mecânica por cerca de 15-30 min, até a completa remoção do catecol, que é acompanhado por medidas voltamétricas. Após esta etapa, é realizada a ativação do filme, usando voltametria cíclica (5 ciclos, na faixa de potencial de 0,0 V a 1,2 V) em uma solução de ácido sulfúrico 0,100 mol L-1. Conforme os resultados preliminares já alcançados, o sensor-MIP tem detectado concentrações baixas do poluente fenólico, na ordem de 100 nmol L-1, o que já indica um interessante potencial para aplicação em matrizes ambientais. Este desempenho deve ser aprimorado após a conclusão das etapas de otimização das condições experimentais. |