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A descoberta de substâncias que não podem ser produzidas sinteticamente está impulsionando a busca por plantas medicinais nativas do Brasil. Nesse sentido, a Fava D’anta é uma planta considerada de alto valor econômico, que vem sendo amplamente explorada nos últimos anos, pois seus frutos (pericarpo e polpa) possuem altas concentrações de glicosídeos flavônicos, especialmente rutina e quercetina. A quercetina apresenta alto interesse comercial devido às suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e anticancerígenas. Portanto, é crucial avaliar as técnicas de extração para a recuperação desses compostos. Recentemente, a otimização das condições do processo de extração com a técnica de extração assistida por micro-ondas (MAE) tem gerado um grande interesse na pesquisa. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo otimizar as condições do processo MAE para obter extratos ricos em quercetina a partir da Fava D’Anta. Realizou-se um estudo cinético para se determinar o tempo ideal de extração. O processo de extração teve as suas variáveis de processos otimizadas por meio de um planejamento fatorial do Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR). O DCCR foi utilizado para investigar duas variáveis independentes, temperatura (30-80°C) e a concentração do solvente (30-70%). Foram realizados 11 ensaios experimentais para otimizar as condições do MAE. O ponto ótimo dos extratos obtidos foi caracterizado quanto à concentração fenólica total, flavonoides totais, flavonol e atividade antioxidante pelos métodos de ABTS e DPPH. O estudo cinético identificou o tempo ideal de extração de 15 minutos, enquanto o planejamento fatorial do Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) determinou a temperatura ótima de 88,284 °C e a concentração de etanol/água de 78,284%. Com essas condições, foi possível obter extratos com 74,08 mg QUE/g de flavonoides, 36,07±0,3 mg QUE/g de flavonol e 196,17±1,5 mg GAE/g de compostos fenólicos. Além disso, os extratos demonstraram elevada atividade antioxidante, com valores de 111,75±1,6 µmol TE/g e 212,65±0,7 µmol TE/g pelos métodos ABTS e DPPH, respectivamente. Este trabalho destaca a importância de avaliar e otimizar as técnicas de extração para a recuperação eficiente desses compostos bioativos. A técnica de MAE mostrou-se promissora e eficiente, abrindo caminho para futuras pesquisas. |
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