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Os derivados de catecol (1,2-dihidroxibenzeno) são apresentados de inúmeras formas na natureza. Nas bactérias, estas estruturas são conhecidas como sideroforos e apresentam a seletividade exclusiva na quelação com íons ferro presente no solo, a fim de manter a manutenção da vida. Devido a esta característica, estudos revelaram que o parasita protozoário T. Cruzi em um estudo in vivo possui dependência de íon ferro na taxa de crescimento e na patogenicidade no hospedeiro. Estes parasitas, portanto, precisam de ferro para processos vitais, como replicação do DNA, defesa antioxidante, respiração mitocondrial, entre outros fatores. Desta forma, novos derivados sequestradores de ferro podem constituir uma linha estratégica para o desenvolvimento de novos agentes anti-parasital. A ideia geral, portanto, é desenvolver potenciais fármacos derivados de diaminas de diferentes alquidiaminas cujas cadeias laterais tenham simetria a partir de derivados de sideróforos e demais grupos funcionais a fim de inibir o parasita. Estudos reportaram que o parasita possui grandes níveis de putrescina, espermidina e espermina durante o crescimento celular, sendo também uma molécula importante para o desenvolvimento do parasita. Aproximadamente 7 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença de Chagas, sendo estes casos principalmente na América Latina. O parasita é transmitido pelo inseto triatomíneo, porém pode ser transmitido também via alimentos contaminados, troca de sangue, entre outros exemplos. Aqui no Brasil, o principal tratamento é feito a partir do medicamento Benzonidazol, porém os efeitos colaterais são diversos e compromete a saúde do paciente. A partir dessa problemática é que surge a necessidade de maiores investigações de novos fármacos, excepcionalmente de origem natural ou semi-sintética, para tratamento desta mazela. Para a produção dos produtos de interesse, partiu-se de uma síntese já conhecida na literatura, sendo esta a condensação de Schiff, gerando portanto iminas condensadas. A partir deste intermediário, submeteu-se a uma redução via borohidreto de sódio, gerando então a amina reduzida. A partir de técnicas de RMN e IV para confirmar a estrutura dos compostos e sua pureza, submeteu-se os nove compostos a um ensaio in vitro em colaboração com o instituto FIOCRUZ. Foram preparados quatro concentrações para testagem: 100, 50, 25 e 12,5 μg/mL. Todos os compostos apresentaram atividade inibitória, porém revelaram elevada toxicidade. Dos nove compostos submetidos, três demonstram resultados satisfatórios para maiores investigações futuras em IC50 e CC50. |
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