O efeito da própolis no combate à mancha do tomateiro

Abstract

A cultura do tomateiro é uma das mais importantes do Brasil e do mundo, mas sofre grandes perdas em decorrência de inúmeros patógenos que a atacam. Com o objetivo de encontrar medidas alternativas aos agrotóxicos, neste estudo avaliou-se o potencial da própolis para o controle da mancha bacteriana. Foram utilizadas cinco fontes de própolis provenientes de diferentes regiões de Santa Catarina: Angelina (AN), Bom Retiro (BR), Florianópolis (FLN), São Joaquim (SJ) e Urupema (UR). Nos experimentos in vitro, os extratos etanólicos de própolis foram incorporados em meio de cultura Nutriente ágar (NA). Nas plantas de tomate (variedade Kada), os extratos foram pulverizados a 5 e 10mg/ml, com 6 e 1 dias de intervalo de tempo, antes de inocular a bactéria Xanthomonas gardneri. Nos testes de incorporação, as própolis de todos os extratos foram capazes de inibir o crescimento de Xanthomonas gardneri, principalmente as fontes de AN, BR e SJ. No experimento in vivo, todos os extratos reduziram a severidade da doença quando aplicados 6 dias antes da inoculação da bactéria, com exceção de SJ. Assim, conclui-se que a própolis apresenta potencial para o controle da mancha bacteriana em plantas de tomate.