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Santa Catarina (SC) é o maior produtor nacional de cebola, com destaque para Ituporanga. O sistema de cultivo influencia os atributos do solo e a emissão de gases de efeito estufa (GEEs). O sistema de preparo convencional do solo (SPC) ainda é o mais utilizado para produção de cebola em SC. Entretanto, já há cultivo de cebola no sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH) e plantio direto (PD). Assim, é necessário analisar o impacto desses diferentes sistemas de manejo do solo na emissão de óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2) durante o cultivo de cebola. O objetivo do estudo foi identificar os fluxos diários e acumulados de emissão de N2O e CO2 em diferentes sistemas de plantio de cebola em Ituporanga–SC. O experimento foi conduzido na estação experimental da EPAGRI em Ituporanga–SC, com solo classificado como Cambissolo Húmico, durante o ciclo de cultivo da cebola em 2021. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições e três tratamentos: SPC: sucessão cebola/milho, SPDH: sucessão cebola/consórcio de milheto + mucuna + girassol no verão e PD: sucessão cebola/milho sem o uso de plantas de cobertura. Para avaliação dos GEEs foi utilizado o método das câmaras estáticas durante 106 dias, com 28 coletas: uma antes da adubação e as demais espaçadas 3 dias entre si nas primeiras 2 semanas e 7 dias após esse período (0, 1, 3, 7, 10, 13, 21 e 28 dias). As concentrações de N2O e CO2 foram determinadas por meio de cromatógrafo gasoso. Os resultados foram submetidos a ANOVA e ao teste t, ambos a 5%. O SPDH apresentou o maior fluxo de N₂O (65,43 g N-N₂O ha-1 dia) antes da adubação nitrogenada com nitrato de amônio, refletindo a disponibilidade de N no solo devido à fixação biológica. O SPC atingiu seu pico (10,79 g N-N₂O ha-1 dia) 9 dias após a primeira adubação, enquanto o maior fluxo de N₂O para o PD (17,12 g N-N₂O ha-1 dia) foi registrado 9 dias após a terceira adubação. Esse padrão repetiu-se para todos os tratamentos após as aplicações subsequentes de nitrato de amônio. Os picos de CO₂ ocorreram na 1ª coleta para SPDH (63,12 g C-CO₂ ha-1 dia) e SPC (28,37 g C-CO₂ ha-1 dia), e no final de setembro para PD (27,05 g C-CO₂ ha-1 dia). Os valores acumulados de GEEs foram: 913,21, 726,51 e 510,39 Kg C-CO2 ha-1 para SPDH, SPC e PD para CO2, respectivamente, e 888,83, 509,60 e 404,71 g N-N2O ha-1 para SPDH, SPC e PD, respectivamente, para N2O. Os sistemas de manejo do solo influenciam significativamente as emissões de N₂O e CO₂ no cultivo de cebola. O SPDH emitiu mais N2O e CO2, mas apresentou os maiores estoques de carbono e nitrogênio, assim como maiores índices de agregação do solo em comparação ao SPC e PD. |
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