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Em virtude da complexa e ampla configuração do uso e cobertura da terra hodiernamente, há uma necessidade significativa de análise e quantificação das feições naturais e antrópicas, de forma que o sensoriamento remoto possibilita um reconhecimento sinóptico e multitemporal de extensas áreas, sendo uma ferramenta imprescindível para esta utilização. À vista disto, esse projeto de pesquisa objetivou mapear o uso e cobertura da terra do município de Florianópolis a partir de imagens de sensoriamento remoto da plataforma MapBiomas. Foi proposta uma metodologia composta por quatro etapas principais: definição da área de estudo; download e compatibilização de dados pela plataforma Google Earth Engine; reclassificação das imagens através do QGIS 3.28.4; e projeto cartográfico e geração de produtos com análises estatísticas por meio do software Microsoft Excel e R Project for Statistical Computing. Por meio deste procedimento, foram geradas, para o município de Florianópolis, representações com base nas classes de uso e cobertura da terra e nas 38 imagens da série de satélite Landsat, anualmente, entre o período de 1985 e 2022, com 30m/pixel de resolução; além das 7 imagens com tamanho do pixel de 10m, provenientes do satélite Sentinel-2. A partir dessas imagens, foram gerados produtos cartográficos e de análise quali-quantitativa, como diagrama de Sankey, matriz de transição, tabelas e gráficos. Em função disso, foi evidenciado que durante período analisado, a classe que sofreu maior alteração percentual é a área não vegetada, o que pode ser atribuído ao aumento demográfico ocorrido neste período. Em contrapartida, a classe floresta foi a que sofreu menor alteração percentual, podendo relacionar o ocorrido pelo aumento das políticas de preservação ambiental e pela criação de 17 unidades de conservação envolvendo a área analisada. Por fim, foi feita uma pesquisa histórica e socioespacial que possibilitou analisar e atribuir a dinâmica do uso e cobertura da terra em Florianópolis durante o período analisado principalmente ao crescimento demográfico heterogêneo da região. Desta forma, concluiu-se que a avaliação espaço-temporal por dados de sensoriamento remoto contribui e gera indicadores essenciais para o diagnóstico territorial e para atividades de planejamento e gestão ambiental e territorial, fornecendo insights valiosos para o desenvolvimento sustentável, adaptação às mudanças climáticas e prevenção de riscos naturais. |
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