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Abstract:
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As células estromais mesenquimais (CEM) são células-tronco multipotentes e têm sido amplamente estudadas para a aplicação terapêutica na medicina regenerativa humana e veterinária, já que apresentam potencial imunomodulatório, baixa imunogenicidade e demandam técnicas simples de extração e de cultivo in vitro. Em particular, as células estromais mesenquimais derivadas do tecido adiposo canino (CEM-TAC) possuem diversas vantagens para utilização in vitro. Além de exigir técnicas mais simples de isolamento e cultivo, há uma maior flexibilidade da questão ética, quando em comparação com outros tipos de células-tronco, uma vez que as CEM-TAC podem ser obtidas de maneira pouco invasiva ou a partir de tecidos que seriam descartados após determinados procedimentos cirúrgicos. Mesmo assim, para aplicações terapêuticas, as CEM podem apresentar diversas limitações, como as características dos doadores e das células isoladas. Ao decorrer das passagens, as células cultivadas in vitro tornam-se mais suscetíveis a alterações gênicas e à senescência celular. A senescência é um processo em que as células passam por uma parada permanente do ciclo celular, limitando o seu potencial proliferativo. As CEM-TAC senescentes apresentam alterações fenotípicas características. Dentre elas, a mudança morfológica, apresentando hipertrofia e achatamento celular, a diminuição da capacidade de proliferação e de diferenciação, além das alterações do secretoma. Na medicina regenerativa, a senescência replicativa torna-se um desafio a ser superado, uma vez que as CEM precisam ser expandidas antes de qualquer aplicação clínica e estão sujeitas a este fenômeno, podendo prejudicar as suas características terapêuticas. Visto que os indivíduos com idade mais avançada possuem um maior acúmulo de células senescentes, a idade dos doadores é um parâmetro importante para ser levado em consideração. Portanto, este estudo busca avaliar a correlação entre a idade dos doadores de CEM-TAC com a progressão das características associadas à senescência replicativa. Para isso, serão analisados os parâmetros de proliferação celular, isto é, o CDPL e o CDT. Os resultados de CPDL indicaram que a partir de P4 os doadores jovens tendem a diminuir o potencial proliferativo. Por outro lado, em doadores idosos essa diminuição foi observada a partir de P2. Os resultados do CDT evidenciaram uma tendência a convergir para o mesmo intervalo em passagens mais altas, mesmo que haja uma grande variação em passagens intermediárias. Foi observado uma forte correlação negativa entre os parâmetros CPDL em P1 e P4 e a idade dos doadores. Para o parâmetro do CDT em P1, os resultados demonstraram uma forte correlação positiva com a idade. Por outro lado, o CDT em P4 demonstrou uma queda da correlação, ainda que existente. Os dados indicam que os doadores idosos apresentam um menor potencial proliferativo já evidente em P1. |
