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O Diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica resultante dos defeitos na secreção da insulina, e/ou na sua ação. O DM é de extrema importância na medicina pois tem distribuição mundial com alta taxa de morbidade e mortalidade. O prolongamento da hiperglicemia, ocasionado pelo DM, pode causar complicações secundárias graves, como aterosclerose, microangiopatia, disfunção e insuficiência renal, anormalidades cardíacas, retinopatia diabética e distúrbios oculares. Ele pode ser classificado como tipo 1 (DM1), quando é tratado apenas por injeções diárias de insulina, e tipo 2 (DM2), que é tratado por vários tipos de substâncias terapêuticas sintéticas juntamente com uma dieta controlada e exercício físico. Várias terapias adjuvantes têm sido estudadas em combinação com a insulina e hipoglicemiantes orais em pacientes com DM para melhorar o controle glicêmico e minimizar os efeitos adversos do tratamento convencional. Compostos de vanádio têm apresentado fortes evidências, como suplementos valiosos, quando adjuntos à insulina no tratamento do DM. A avaliação contínua de terapias adjuntas para o DM pode fornecer opções adicionais e relevantes ao tratamento medicamentoso, e concorrer para suprir as deficiências das terapias atuais. O projeto tem como objetivo a avaliação in vitro da eficácia na captação de glicose de um composto de vanádio (V4) inédito em linhagem de células humanas de hepatocarcinoma (HepG2). As células foram cultivadas em meio de cultura DMEM, suplementado com 10% de soro fetal bovino, antibiótico penicilina e estreptomicina, mantido em estufa umidificada a 37ºC em 5% de CO2. Inicialmente determinamos as concentrações do composto que não afetam a viabilidade da célula. O ensaio de viabilidade foi determinado pela redução do reagente resazurina pela linhagem celular HepG2. As células foram distribuídas 104 células por poço, em placas de 96 poços (100 L célula/poço) e tratadas com concentrações crescentes do composto V4 (600, 300, 100, 10, 5, 2,5 e 1 g/mL), após 3h de incubação, foi feita a leitura da absorbância de 570 e 600 nm. Após estabelecidas as concentrações não tóxicas, foi testado se os compostos apresentam a capacidade de melhorar a captação da glicose em células com resistência à insulina. Os resultados da viabilidade celular nos mostraram os valores de IC50 (362,8 g/mL), ou seja, concentração de V4 que promove uma inibição do crescimento de 50% para células HepG2 tratadas em 24h. O experimento de avaliação do composto V4 na atuação da captação de glicose in vitro utilizando concentrações abaixo de 75-80% dos valores de IC50 (28, 56 e 70 mol/L) teve uma redução nos resultados com alta taxa de glicose. Os experimentos de determinação intracelular de glicogênio e atividade inibitória do vanádio sobre a α-amilase tiveram resultados negativos. |
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