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Este projeto, intitulado “A arquitetura da sentença e as posições do sujeito: um estudo cartográfico sobre a duplicação do sujeito pré-verbal no Português Brasileiro”, e orientado pela profa. Dra. Sandra Quarezemin, tem como objetivo analisar o comportamento pronominal em sentenças de duplo sujeito no Português Brasileiro. A análise desenvolvida é de natureza cartográfica, ou seja, temos como base a teoria gerativa, mais especificamente o Programa Cartográfico, que vem sendo empreendido por diversos linguistas da área. De acordo com evidências encontradas por Quarezemin (2019), sentenças com sujeito duplo devem receber especial atenção em sua estrutura sintática, haja vista que dados do PB mostram um comportamento sintático distinto entre os pronomes nessas sentenças, sendo, portanto, um equívoco analisar esse tipo de sujeito como exclusivamente um caso de deslocamento à esquerda. A partir das propostas de Rizzi (2005) e Cardinaletti (2004), a autora propõe que, em sentenças dessa natureza, tanto o DP inicial, quanto o pronome resumptivo, podem ocupar uma posição argumental na sentença. Nosso objetivo é entender as especificidades desse fenômeno e analisar o comportamento pronominal, levando em conta suas características gramaticais e discursivas. Os resultados da pesquisa indicam que, tomando a proposta de Krieck (2022), os pronomes resumptivos em sentenças de sujeito duplo podem figurar como fortes, fracos ou clíticos. No caso dos pronomes fortes, o DP inicial necessariamente está deslocado à esquerda, na periferia CP, enquanto o pronome ocupa SpecSubjP e a posição de sujeito da sentença; o DP inicial não pode estar na posição argumental, pois, desse modo, concorreria com o pronome forte pela mesma posição, tal comportamento é ilustrado pela agramaticalidade de sentenças desse tipo. No caso de pronomes fracos, estes figuram em SpecTP, e o DP inicial é movido da zona argumental para SpecSubjP, podendo ser deslocado para a periferia esquerda, ou permanecer em posição argumento; nesse caso, o pronome fraco é soldado na estrutura sintática por merge externo, e checa os traços de sujeito em TP. Já o pronome clítico, que também é soldado por merge externo, só pode ocupar a posição nuclear Subjº, e o DP inicial deve figurar em SpecSubjP, tendo em vista que o rompimento dessa adjacência torna a sentença agramatical. |
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