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Introdução: Comumente, os profissionais aprendem a realizar a atenção oncológica no contexto do trabalho, sem a devida formação especializada. Essa condição pode influenciar os papéis assumidos, as atribuições e as competências profissionais adquiridas. Objetivos: identificar as atribuições e a formação dos enfermeiros que prestam atendimento aos adultos e idosos com câncer na alta complexidade no território nacional e as dificuldades encontradas no exercício da profissão; auxiliar na coleta de dados para identificar as atribuições e a formação de assistentes sociais, farmacêutico, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais que prestam atendimento aos adultos e idosos com câncer na alta complexidade no território nacional e as dificuldades encontradas no exercício da profissão. Método: trata-se de survey, com apreciação ética sob o número 68854823.8.0000.012, aplicado no território nacional (Brasil) com profissionais da equipe multiprofissional da atenção oncológica, amostra não probabilística selecionada pela técnica “bola de neve”, que aplicou formulário online para investigar a formação, vínculo e atribuições profissional e dificuldades no contexto da atenção oncológica. Os dados obtidos foram submetidos às medidas de frequência. Resultados: 29 enfermeiros responderam o formulário. Destacaram-se os resultados: a maioria dos enfermeiros na faixa etária entre 40-49 anos (38,0%), advindos de Santa Catarina (58,5%), instituição pública (58,5%), Unidades de Assistência de Alta Complexidade (31,0%), com experiência na atenção oncológica entre 5-9 anos (24,1%), iniciou a atuação sem formação em Oncologia (89,6%), financiou a formações com recursos próprios (41,4%), não participa de grupos de pesquisa (58,5%), realiza histórico de enfermagem abrangente (entrevista e exame clínico), uso da taxonomia dos diagnósticos de enfermagem e avalia resultados de exames (55,1%, 58,5%, 58,5%), não avalia a condição de sobrevivência do câncer em longo prazo e a gestão dos efeitos tardios do tratamento no plano de cuidados (48,3%), não emitem pareceres técnicos ou éticos (68.9%), não participa de atividades de navegação de pacientes (86.2%), teleconsulta, teleatendimento e matriciamento (79,3%). Os participantes destacaram dificuldades quanto ao número reduzido de profissionais na área (10,4%); treinamento e valores de cursos ( 10,4%); comunicação efetiva com os profissionais (17,3% ) compreensão da população sobre cuidados paliativos(6,9%) falta de materiais e espaço físico (6,9%). Conclusão: é essencial a implementação de política institucional que ampliem o acesso a cursos de especialização, formação continuada e educação permanente, de forma a contribuir com as atribuições profissionais e com a saúde e qualidade de vida. |
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