CAUSAS E EFEITOS DE MICROBIOTAS DA MÃE NO NASCIMENTO E SOBREVIDA DE RECÉM NASCIDOS PRÉ-TERMO: ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MATERNO-INFANTIL

Abstract

O leite materno (LM) é uma fonte ímpar de fatores nutricionais e funcionais para o recém-nascido (RN). O leite de doadora pasteurizado (LP) perde vários desses componentes, incluindo a microbiota comensal. Estudamos RN prematuros (RNPTs) menores de 32 semanas em ensaio clínico randomizado (ReBEC RBR729-kr8x). O grupo controle recebeu LP como de rotina. O grupo intervenção recebeu leite reconstituído na sua microbiota (LR). Isso foi feito através da inoculação do LP com 10% do LM, seguido de incubação a 37ºC por 4 horas. Foram analisados os dados clínicos das mães e dos RNs até os 15 dias de vida e a microbiota das fezes dos RNs. Os dados clínicos mudaram não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, o que já era esperado devido ao tempo curto de acompanhamento e a indicação da literatura de que os efeitos clínicos modulatórios da microbiota no desenvolvimento infantil potencialmente se tornam aparentes a longo prazo. Quanto a análise de bioinformática da microbiota, os resultados mostram a mudança do perfil da microbiota das fezes dos RNs na microbiota do grupo que recebeu a intervenção com LR em comparação ao grupo controle que recebeu apenas LP. Por tanto, se fazem necessárias mais análises longitudinais dos participantes do estudo clínico, abarcando aspectos do desenvolvimento infantil, observando possíveis impactos da intervenção no crescimento destas crianças.