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Introdução: Assimetrias dizem respeito a diferenças entre os lados corporais, e suas causas ainda não são claras. No entanto, sabe-se que as mesmas podem ser reflexo de demandas específicas do esporte praticado, especialmente se um membro é mais utilizado do que o outro. A natação é um esporte cíclico, no qual ambos os membros são, teoricamente, demandados de forma igualitária, o que não torna óbvia a presença das assimetrias. No entanto, ainda são poucos e controversos os estudos investigando a influência da presença/magnitude de assimetrias no desempenho específico da natação. Objetivo: Investigar a reprodutibilidade de variáveis de assimetria, a magnitude e prevalência das mesmas, bem como sua relação com o desempenho na prova de 50 m da natação. Métodos: Foram avaliados 28 atletas de natação, sendo 21 homens (idade: 20,7 anos ± 6,0, massa corporal: 74,4 ± 11,6 kg, altura: 180,9 ± 7,6 cm, gordura corporal: 11,1 ± 3,9%) e sete mulheres (idade: 16,0 ± 1,3 anos, massa corporal: 61,3 ± 9,2 kg, altura: 167,8 ± 8,2 cm, gordura corporal: 19,3 ± 1,7%). Foram realizadas avaliações a partir de testes “dry-land”, como de parâmetros antropométricos, de amplitude de movimento do ombro (ADM), desempenho no salto vertical com contramovimento (CMJ) e o torque isocinético do ombro; e teste “in-water”, que foi a avaliação da força durante o nado atado em uma piscina. Ainda, foi analisado o tempo na prova de 50 m livre. As assimetrias entre membros foram calculadas a partir da equação: diferença percentual = 100 / (valor máximo) * (valor mínimo) * -1 + 100. A confiabilidade dos dados brutos foi determinada usando o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e o erro típico de medição (TEM), e o tamanho do efeito (ES) foi usado para determinar o viés sistemático entre as sessões de teste. A correlação de Pearson foi usada para testar a relação entre as assimetrias e performance. Resultados: A confiabilidade entre sessões foi boa a excelente (0,75 a 1,00) para a maioria das variáveis absolutas (lados direito e esquerdo), exceto para ADM. O ES entre sessões foi predominantemente "trivial" ou "pequeno" para tanto para os valores absolutos quanto para as assimetrias. Em um nível individual, as assimetrias entre membros foram comparadas ao coeficiente de variação (CV) para determinar se eram reais. As assimetrias foram detectadas em algumas métricas testadas, especialmente na força avaliada “in-water. Por fim, não se verificou relações significativas entre as assimetrias e o desempenho nos 50 m livre. Conclusão: as variáveis testadas apresentaram bons níveis de confiabilidade entre sessões e foram capazes de detectar assimetrias reais e consistentes. Por fim, parece que as assimetrias não são determinantes da performance na natação durante a prova de 50 m livre. |
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