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A senescência celular é um processo biológico que ocorre nas células que resulta na parada do ciclo celular, seja de origem intrínseca ou extrínseca, afetando diversas funções celulares. Apesar disso, é um estado que pode ser revertido através de estratégias de rejuvenescimento, como na terapia celular. Visando reverter este estado senescente, as células estromais mesenquimais (MSC) têm sido amplamente estudadas como alvo terapêutico, devido a suas características de auto-renovação e potencial de diferenciação múltipla. Entretanto, a utilização das MSCs enfrentam alguns desafios, como rejeição celular do paciente, e até mesmo atividades pró-tumor. Além disso, sua aplicação exige um grande número de células, que é impossível de obtê-las apenas expandindo-as in vitro. Por isso, a terapia celular denominada freecell vem apresentando um grande potencial terapêutico, que consiste na utilização de moléculas biologicamente ativas secretadas pela célula, como citocinas, mRNAs, fatores de crescimento, entre outros. Desta forma, o presente estudo buscou avaliar os efeitos secretores das células estromais mesenquimais do tecido adiposo (ASCs), através de seu meio condicionado (mcASC), em queratinócitos da linhagem imortalizada HaCaT insultados com peróxido de hidrogênio, estabelecendo um modelo de insulto que simule ou se assemelhe ao fenômeno de senescência celular. Utilizando o ensaio de MTT, queratinócitos insultados com peróxido foram tratados em diversas condições, com e sem meio condicionado, avaliando o efeito deste tratamento como protetor (pré insulto) e efeito de recuperação (pós insulto). Foi possível observar primeiramente que o modelo de insulto de peróxido de hidrogênio foi efetivo, apresentando uma queda na viabilidade celular dos queratinócitos quando comparados aqueles que não sofreram insulto. Foi possível também observar que o tratamento com mcASC anterior ao insulto não apresentou eficácia, sendo descartado como efeito protetor. Já para o tratamento após o insulto foi possível observar uma melhora da viabilidade dos queratinócitos, que tende a aumentar ao longo das horas, tendo seu decaimento após 72h. Porém, ao comparar o tratamento utilizando o mcASC e o tratamento apenas com o meio básico de cultura das células (DMEM), não houve uma diferenças significativa, que pode ser explicado pela entrada precoce em senescência das ASCs do doador, evidenciando que células em senescência apresentam um fenótipo secretor ineficaz no processo de rejuvenescimento celular. |
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