Processos para desenvolvimento de dispositivos poliméricos multifármacos: manufatura aditiva com impressão tridimensional por fusão de filamentos, injeção e extrusão.

Abstract

No início do século XX, a saúde da mulher no Brasil estava focada na reprodução – com políticas que priorizavam a gestação e o parto, limitando o acesso integral à saúde. O movimento por equidade, impulsionado por programas materno-infantis entre as décadas de 1930 e 1970, culminou na criação do PAISM em 1984. Esse programa, fruto da luta feminista, ampliou a atenção às necessidades de saúde das mulheres, abordando desde o planejamento familiar até a prevenção de câncer de colo de útero e ISTs. Com o avanço da legislação brasileira acerca da saúde da mulher, os aspectos referentes ao câncer de colo de útero (causado pelo vírus HPV) e às ISTS, como a AIDS (causada pelo vírus HIV) tornaram-se mais pertinentes. Do desenvolvimento de novas tecnologias em engenharia à melhoria da saúde da mulher brasileira, este trabalho discute a fabricação de dispositivos poliméricos de liberação controlada de fármacos – dispositivos intra uterinos (DIUs) e aneis vaginais – pelos métodos de impressão 3d via método FFF (fabricação por filamento fundido) e moldagem por injeção. Para a impressão 3D, é utilizado o polímero EVA 1241 com adição de 10% (m/m) dos compostos sulfato de cobre, sulfadiazina de prata e fluorouracil. As amostras de dispositivos fabricados por moldagem por injeção utilizam o polímero PEBD com 20% (m/m) dos compostos de sulfato de cobre e fluorouracil. Após a fabricação, os dispositivos foram submetidos às caracterizações de DSC e FTIR para analisar a incorporação dos fármacos nas amostras fabricadas.