Neutros, isentos e omissos: uma análise da branquitude no currículo e cotidiano da graduação em Ciências Biológicas da UFSC

Abstract

Este trabalho faz parte de um ano de trajetória de pesquisa em perspectiva antropológica, onde busquei analisar a branquitude e a aplicação das Leis 10.639 e 11.645 no currículo de meu curso de graduação em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas da UFSC a partir da observação participante e da etnografia de arquivos como caminhos metodológicos. Para isso, utilizei de uma revisão bibliográfica feita a no acervo da biblioteca do Núcleo de Identidades e Relações Interétnicas (NUER) para embasar a discussão, bem como referências da área do Ensino de Ciências e Biologia e das reuniões de orientação coletiva do NUER. Os resultados mostraram que há uma tímida incorporação das respectivas Leis no cotidiano e currículo da graduação em Biologia na UFSC, bem como não foram observadas abordagens na perspectiva da Educação Antirracista para as Relações Étnicorraciais (EARER) e branquitude em minha vivência nas aulas da graduação, mas também há anúncios e frestas para a intervenção de modo a materializar práticas na perspectivas da EARER no Ensino de Ciências e Biologia.