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As árvores são essenciais tanto para o meio ambiente quanto para a vida social e cultural das comunidades humanas. Elas desempenham papéis vitais como símbolos culturais e fontes de alimentos, conforto térmico e habitats. Contudo, o desmatamento e a degradação ambiental têm impactado negativamente as árvores de grande porte e valor econômico, resultando em dados limitados sobre suas dimensões e longevidade. A perda de árvores monumentais, que se destacam por sua imponência, raridade e valor histórico, é uma preocupação crescente, ressaltando a necessidade urgente de políticas públicas para sua preservação e gestão. A seleção das árvores foi feita com base em imagens de satélite, fotografias aéreas e informações de gestores de unidades de conservação e secretarias municipais. As coordenadas geográficas das árvores foram obtidas com um GPS. Medidas do diâmetro à altura do peito e altura total das árvores foram realizadas utilizando fita métrica, hipsômetro e dendrômetro. Informações históricas e culturais foram coletadas junto a proprietários e gestores das áreas onde as árvores estão localizadas. A sanidade das árvores foi avaliada visualmente, observando sinais de podridões e infestação por fungos e insetos. Os estudos de dendrocronologia foram conduzidos para determinar a idade das árvores através da análise dos anéis de crescimento. Amostras de madeira foram extraídas e preparadas para visualização dos anéis, que foram digitalizados e analisados com softwares especializados. O presente estudo visa preencher lacunas de conhecimento sobre árvores monumentais, com foco na espécie Ocotea porosa. Os objetivos desse trabalho foram identificar e registrar árvores monumentais de interesse público, obter dados dendrométricos para avaliar seu tamanho e monitorar seu crescimento, e estimar a idade das árvores para compreender sua longevidade e dinâmica de crescimento. Dentre as amostras de troncos monumentais analisados, a mais longeva foi a da localidade de Vargem Bonita - SC, com 535 anos, embora não fosse a maior em diâmetro. A Imbuia de Caçador – SC apresentou o maior diâmetro, de 236,0 cm. Já para as árvores monumentais, a Imbuia da localidade de Frei Rogério – SC apresentou 259 anos e um diâmetro de 150,0 cm. Os troncos monumentais apresentaram menos de 46% do lenho datável, devido a algumas limitações dos equipamentos de coleta de amostras. O trabalho proporcionou uma base sólida para a preservação e manejo de árvores monumentais, destacando a importância de políticas e estratégias voltadas à conservação e ao turismo de natureza, garantindo que essas árvores notáveis sejam protegidas para as futuras gerações. |
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