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Objetivo: Investigar a prevalência de incapacidade funcional na população idosa residente em capitais brasileiras, bem como sua associação com fatores contextuais no contexto urbano. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal de base populacional, com dados secundários da PNS 2019 tendo os idosos brasileiros (60 anos ou mais) como amostra estudada. O desfecho principal foi a autopercepção de incapacidade funcional elaborada a partir do questionário da PNS 2019. A exposição utilizada foi o IBEU, calculado a partir de dados do Censo Demográfico de 2010. Para a verificação da associação entre as variáveis foi realizada uma análise de regressão logística e análise multinível, levando-se em conta o IC de 95%. Os resultados da análise foram ajustados para sexo, faixa-etária, estado civil e escolaridade. Resultados: A prevalência global de incapacidade funcional foi de 18,71% (IC95%: 17,35-20,16) relacionada às ABVD e 28,92% (IC95%: 27,45-30,43) para as AIVD. Quanto à associação entre a incapacidade funcional relacionada às AIVD e as dimensões do IBEU, observou-se que idosos residentes em capitais pertencentes ao maior tercil para as dimensões de condições ambientais, serviços coletivos urbanos e infraestrutura urbana apresentaram uma redução aproximada de 30% na chance de apresentar incapacidade funcional (OR: 0,68; IC95%: 0,54-0,84; OR: 0,69; IC95%: 0,55-0,88; OR: 0,72; IC95%: 0,56-0,93). Conclusão: Condições mais favoráveis do ambiente construído estão associadas a uma menor probabilidade de incapacidade funcional relacionada às AIVD entre os idosos residentes nas capitais brasileiras. Os achados demonstram que, para melhorar as condições de saúde da população idosa brasileira, é essencial otimizar o ambiente construído nas cidades. Para isso, deve-se expandir a disponibilidade de espaços adequados para mobilidade ativa, prática de atividade física e lazer, além de garantir a oferta de serviços urbanos essenciais, como coleta de lixo e saneamento. |
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