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A sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) é economicamente relevante e constitui o principal alvo da pesca industrial no Brasil. O presente trabalho visa apresentar os resultados das pesquisas realizadas pelo bolsista PIBIC, em colaboração com seu orientador e a equipe do Laboratório de Piscicultura Marinha (LAPMAR), como parte do projeto de pesquisa do orientador chamado de Produção de sardinha-verdadeira em cativeiro: densidade de larvas e juvenis em escala massiva. Os experimentos seriam conduzidos no Laboratório de Piscicultura Marinha (LAPMAR) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As larvas seriam obtidas a partir de uma desova induzida em laboratório. Os ovos seriam então coletados e transferidos para uma incubadora, onde, ao eclodirem, seriam alocados nas unidades experimentais. A fase inicial da larvicultura, avaliada nos primeiros 8 dias, utilizaria recipientes de 10 L com cinco densidades de estocagem: 20, 40, 60, 80 e 100 larvas/L, com quatro réplicas por tratamento. O sistema de cultivo seria estático com água verde, utilizando a microalga Nannochloropsis sp., e as larvas seriam alimentadas com o rotífero Brachionus rotundiformis. O objetivo era verificar a taxa de sobrevivência, peso, comprimento, consumo de alimento e qualidade da água. Determinar a densidade adequada de estocagem das larvas de sardinha é crucial, pois afeta diretamente o crescimento, o bem-estar e os custos de produção. Além disso, buscava-se avaliar a possibilidade de aumentar a densidade sem comprometer o desempenho das larvas. No entanto, o experimento não pôde ser realizado devido à falta de ovos adequados. Muitos ovos apresentaram mais de uma gota de óleo em seu interior, o que estava fora do padrão da espécie e poderia gerar incoerências em estudos futuros se esses animais fossem utilizados para experimentos, alterando parâmetros como a taxa de mortalidade. Portanto, outro experimento foi conduzido com a mesma espécie, com o objetivo de diferenciar indivíduos fêmeas e machos por meio da técnica de ultrassonografia. Utilizando um aparelho de ultrassonografia acoplado a um transdutor linear multifrequencial, foi possível analisar 55 exemplares da espécie e identificá-los. O experimento demonstrou que o método tem alta precisão, com 98,18% de acertos, ou seja, houve apenas 1 erro entre as 55 leituras. Um indivíduo identificado como fêmea era, na verdade, um macho. A confirmação das informações foi feita por meio da dissecação das 55 sardinhas. Assim, o novo método, que nunca foi testado com esta espécie, pode ser a solução para vários problemas encontrados em manejos a nível de pesquisa ou de empreendimentos. |
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