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Objetivo: Identificar a taxa de prevalência global de desvantagem vocal (DV) em professores, independente do nível de ensino, utilizando o Índice de Desvantagem Vocal (IDV) como instrumento de análise da desvantagem. Metodologia: O protocolo foi registrado no PROSPERO sob nº CRD42024521571 e seguiu as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA) para elaboração de revisões sistemáticas e metanálises de estudos transversais. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Eric, LILACS, Embase, Scopus e Web of science abrangendo estudos publicados até março de 2023. Os critérios de elegibilidades foram estudos transversais com a população de professores que utilizaram o protocolo IDV. Os dados foram extraídos com uso do software Endnote e foram exportados para o software Rayyan, onde os estudos foram selecionados e analisados as cegas e independente por dois revisores em cada etapa. Os dados estudos selecionados foram organizados numa planilha Excel para análise qualitativa das seguintes variáveis: autores, ano de publicação, local, amostra (n), características da amostra, conceito de desvantagem, ponto de corte e taxa de prevalência. Resultados: Um total de 19 estudos foram incluídos,abrangendo amostras de professores de diferentes regiões, com predominância de estudos realizados no Brasil, Europa e Ásia. A maioria dos estudos focou em professores do ensino fundamental (68,42%), com uma participação maior de mulheres, representando cerca de 70% das amostras totais. No geral, houve grande variabilidade nas taxas de prevalência de DV entre professores (2,1 a 83,7%). A taxa de prevalência entre professores do ensino fundamental variou de 8 a 84%; a taxa entre professores universitários variaram de 20 a 35%; enquanto a prevalência entre professores do ensino infantil tiveram menos variação de (60 a 68%). Com relação à versão do instrumento, treze estudos (78,94%) aplicaram a versão IDV-10, enquanto os demais usaram a versão longa do instrumento (IDV-30). Observa-se que a maioria dos estudos usou ponto de corte diferente no uso do instrumento, sendo que apenas seis estudos usaram o mesmo ponto de corte, igual a 11, para categorização de DV. Conclusões: A revisão sistemática mostrou que a prevalência de desvantagem vocal entre professores é alta. Pode-se explicar a grande variabilidade das taxas por conta da falta de padronização no uso dos pontos de corte para como critério diagnóstico e pela modalidade de ensino. Portanto, é urgente a uniformização desse critério para que seja possível comparar as taxas de prevalência nos diferentes países e modalidades de ensino. A carga vocal excessiva é um fator de risco que pode comprometer a saúde de professores e conhecer a prevalência deste agravo implica no planejamento de ações mais eficazes para prevenir e reabilitar este problema promover a saúde vocal desta categoria de trabalhador. |
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