Professores/as Mbyá Guarani da EIEB Itaty: a leitura literária indígena infantil e juvenil

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Professores/as Mbyá Guarani da EIEB Itaty: a leitura literária indígena infantil e juvenil

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Debus, Eliane
dc.contributor.author Maciel, Ivanir
dc.date.accessioned 2024-09-17T23:23:44Z
dc.date.available 2024-09-17T23:23:44Z
dc.date.issued 2023
dc.identifier.other 387698
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/259799
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2023.
dc.description.abstract Esta pesquisa de Doutorado analisou como se constituem os conhecimentos sobre a leitura de livros literários indígenas infantis e juvenis em professores/as da Escola Indígena de Ensino Básico (EIEB) Itaty. A escola localiza-se na aldeia Tekoá Itaty, Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, no município de Palhoça, Santa Catarina. A Educação Escolar Indígena (EEI) diferenciada como modalidade de ensino da Educação Indígena (EI) se concretizou como direito garantido por legislações próprias, diante de políticas públicas que a amparam desde a Constituição Federal de 1988. Entre estas destacam-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) de 1996 e o Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI) de 1998, que estabelecem orientações sobre a língua materna, a diversidade cultural e a interculturalidade. Teóricos não indígenas como Bergamaschi (2005; 2008; 2016), Zilbermann (2005; 2009), Bonin (2007; 2009; 2012a; 2012b), Freire (1992; 2000), Almeida (1999; 2009) e Guimarães (2009) vêm ao encontro deste estudo. Intelectuais indígenas como Graúna (2013), Munduruku (2017; 2020) e Dorrico (2018, 2017) propõem interlocuções críticas em relação com seus próprios conhecimentos e os conhecimentos legitimados pelo modelo eurocêntrico na literatura e na teoria literária. Quijano (2005), Walsh (2007; 2009) e Candau (2009), apresentam a interculturalidade voltada principalmente aos indígenas que sofrem ou sofreram histórias de sujeição, subalternização e racismo étnico, estrutural. A ótica intercultural enfoca o ser, a vida, a sabedoria e a participação alinhada à base epistêmica e sociopolítica, passível de perceber a composição cosmogônica e o conhecimento ancestral no currículo da EEI. Esse diferencial se efetiva ao perpassar por posições teóricas objetivando-se em projeto coletivo e transformador. Por isso, faz interlocuções sobre o racismo vivido pelos/as professores/as indígenas, visando apreender a literatura indígena como ferramenta antirracista. É um estudo de cunho qualitativo, cuja relação (inter)ativa entre pesquisadora e pesquisados/as qualificam-no enquanto pesquisa-ação. A geração de dados resultado dessa interação se deu em ambiente virtual, durante cinco encontros de rodas de conversa para 14 professores/as indígenas, em duas entrevistas semiestruturadas, sendo a primeira virtual e a segunda presencial. Os encontros, permeados pela perspectiva intercultural, foram base para o estudo e o material transcrito foi analisado sob a inspiração dos Núcleos de Significação (NS) em Aguiar e Ozella (2013). Ao ponderar que indígenas se constituem na parte expressa pelo ?todo? e pertencem à mesma comunidade indígena, consideram-se os conhecimentos de professores/as sobre a leitura de literatura indígena mediada pela noção de totalidade. Desse modo, desenvolvi um constructo analítico nominado de totalidade mediada a partir de Gil (2011) e Cassandre; Picheth; Thiolent (2016), devido às relações de acolhida, confiança, troca e transformação de saberes ?outros? entre mim e os/as professores/as. Ao considerar o que vem se materializando na oferta do direito a EEI diferenciada, constata-se na entrevista inicial que a leitura literária indígena não era habitual no planejamento docente. Porém, após o aperfeiçoamento de professores/as em rodas de conversa ?suleadas? pela totalidade mediada a partir da interlocução entre os/as participantes, resultaram reflexões e consequentemente registros de narrativas indígenas guarani com os estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
dc.description.abstract Abstract: This doctoral research analyzed how the knowledge about reading indigenous literary books for children and young people for teachers of the Indigenous School of Basic Education (EIEB) Itaty is. The school is located in the village of Tekoá Itaty, indigenous land Morro dos Cavalos, in Palhoça, Santa Catarina. Indigenous School Education (EEI) differentiated as a teaching modality of Indigenous Education (EI) materialized as a right guaranteed by public policies that have supported it since the 1988 Federal Constitution. Among those the documents Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) of 1996 and Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI) of 1998 can be mentioned. They establish guidelines on the mother language, cultural diversity and interculturality. Non-indigenous theorists such as Bergamaschi (2005; 2008; 2016), Zilbermann (2005; 2009), Bonin (2007; 2009; 2012a; 2012b), Freire (1992; 2000), Almeida (1999; 2009) and Guimarães (2009) support this study. Indigenous intellectuals such as Graúna (2013), Munduruku (2017; 2020) and Dorrico (2018, 2017) propose critical dialogues in relation to their own knowledge and the knowledge legitimized by the Eurocentric model in literature and literary theory. Quijano (2005), Walsh (2007; 2009) and Candau (2009) present interculturality aimed mainly at indigenous people who suffer or have suffered histories of subjection, subalternization and ethnic, structural racism. The intercultural perspective focuses on being, life, wisdom and participation aligned with the epistemic and sociopolitical base, capable of perceiving the cosmogonic composition and ancestral knowledge in the EEI curriculum. This differential becomes effective when permeating theoretical positions, objectifying itself in a collective and transformative project. Therefore, it makes interlocutions about the racism experienced by indigenous teachers, aiming to apprehend indigenous literature as an anti-racist tool. It is a qualitative study, whose (inter)active relationship between researcher and researched qualifies it as action research. The generation of data resulting from this interaction took place in a virtual environment, in five conversation circles with 14 indigenous teachers, in two semi-structured interviews, the first being virtual and the second face-to-face. The meetings, permeated by the intercultural perspective, were the basis for the study, and the transcribed material was analyzed under the inspiration of the Meaning Nucleus (NS) in Aguiar and Ozella (2013). When considering that indigenous people constitute the part expressed by the ?whole? and belong to the same indigenous community, teachers' knowledge on reading indigenous literature mediated by the notion of totality is considered. In this way, I developed the concept of ?mediated totality? based on Gil (2011) and Cassandre, Picheth and Thiolent (2016), due to the welcoming, trusting, exchange and transformation of ?other? knowledge between me and the teachers. When considering what has been materializing in the offer of the right to a differentiated ISS, it is verified in the initial interview that the indigenous literary reading was not usual in the teaching planning. However, after the improvement of teachers in conversation circles, oriented by the totality mediated from the interlocution between the participants, reflections resulted and consequently records of Guarani indigenous narratives with students of Elementary and High School. en
dc.format.extent 246 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Educação
dc.subject.classification Literatura indígena
dc.subject.classification Índios Guarani Mbiá
dc.subject.classification Educação multicultural
dc.title Professores/as Mbyá Guarani da EIEB Itaty: a leitura literária indígena infantil e juvenil
dc.type Tese (Doutorado)


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