dc.description.abstract |
A pesquisa “O caráter generalista da formação em Serviço Social no Brasil e a abordagem da questão agrária e das ruralidades” é vinculada ao TTR - Terra Trabalho e Resistência, um grupo vinculado ao Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Uma das perspectivas adotadas pelo núcleo é a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, que propõe a participação horizontal dos membros na construção das atividades. A pesquisa foi desenvolvida para tratar a existência do caráter generalista, proposto nas Diretrizes Curriculares do Serviço Social brasileiro (ABESS, 1996) e os resultados para a abordagem transversal da questão agrária e das ruralidades na formação profissional. Foi reconhecido as expectativas da categoria profissional em relação ao perfil generalista, no entanto concluiu-se a falta de efetividade desse caráter no processo de graduação, gerando lacunas na apreensão dialética dos processos constitutivos do espaço rural e urbano, e também a dificuldade de compreensão da questão agrária, urbana e ambiental na concepção de totalidade, também defendido nas Diretrizes Curriculares. A pesquisa aconteceu do tipo exploratória, a partir do método do materialismo histórico e dialético, do método em Marx, e com abordagem qualitativa, por meio de leitura bibliográfica e documental, sobre produções do Serviço Social que participaram da construção do perfil generalista, assim como a leitura de autores como Clóvis Moura e Jacob Gorender, para a apropriação da formação sócio-histórica do Brasil em suas raízes agrárias. Os resultados da sistematização das pré-análise das entrevistas não avançaram mais, dado ao fato de que esse momento da pesquisa coincidiu com o período de greve docente e discente pela melhoria das condições que promovem maior qualidade de ensino. Neste período, a iniciação produziu 4 artigos científicos que foram enviados para eventos nacionais e internacionais de Serviço Social. Entre esses trabalhos, um foi apresentado em um congresso internacional no Chile e outro será apresentado no em seminário nacional que acontecerá na UFSC. Além das atividades de pesquisa, também houve participação nas atividades desenvolvidas pela extensão, envolvendo a elaboração de oficinas, mesas-redondas, minicursos e grupos de estudos sobre a realidade agrária no Brasil. Um exemplo dessas atividades é o Grupo de Estudos sobre Racismo Ambiental, em parceria com o PET de Serviço Social e com o Coletivo Negro Magali da Silva Almeida e a participação da 11ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular. Os relatos das participantes declaram que a experiência contribuiu para entender mais das possibilidades de participação acadêmica para além da sala de aula, desenvolvimento nas disciplinas e aprofundamento do debate, que é pouco discutido na formação acadêmica. |
pt_BR |