Title: | Viabilidade das práticas digitais aplicadas à pessoa idosa sob a ótica do fisioterapeuta e do idoso |
Author: | Amaral, Rafael Bonatto do |
Abstract: |
INTRODUÇÃO: a Fisioterapia promove a saúde da pessoa idosa, melhorando ou evitando déficits físicos e cognitivos decorrentes do processo de envelhecimento. No entanto, diversas barreiras podem dificultar o atendimento fisioterapêutico ambulatorial para essa população, como deslocamento, tempo de espera ou isolamento social. As tecnologias da informação e telecomunicação, através de práticas digitais como videochamada, podem se apresentar como uma solução, possibilitando o atendimento de fisioterapia a distância, conhecido como telerreabilitação. OBJETIVOS: verificar a opinião de fisioterapeutas e de pessoas idosas sobre a fisioterapia por videochamada aplicada aos idosos. MÉTODOS: foi realizado um estudo transversal no qual fisioterapeutas registrados no Brasil e idosos foram convidados, via redes sociais, canais institucionais ou presencialmente, a preencher um formulário eletrônico com questões de múltipla escolha sobre a percepção da telerreabilitação. Os formulários ficaram disponíveis por 18 meses (jun/2021 a nov/2022). Os dados coletados foram analisados calculando a proporção das respostas dos participantes em cada afirmação. RESULTADOS: 307 fisioterapeutas participantes, 276 incluídos para análise; 80% do sexo feminino; 55% formados nos últimos 10 anos; e 67% com pós-graduação. A maioria concorda que videochamada não violaria a privacidade do paciente (72%), melhoraria a condição de saúde do idoso (63%), economizaria tempo do paciente (54%), seria uma maneira útil (58%), aceitável (56%) e acessível (53%) para prescrever uma sessão de exercícios para idosos; e 51% estariam interessados em participar de um local que oferecesse esse tipo de serviço. Contudo, 92% discordam de gostar de não ter contato físico com o paciente ao consultar por videochamada. Grupo de idosos: 97 participantes, 94 incluídos para análise; média de 70 anos; 78% do sexo feminino; 97% possuem celular. Apesar de 67% dos idosos não se sentirem confiantes para usar celular ou computador, a maioria concorda que uma consulta de fisioterapia por videochamada: lhes pouparia tempo (69%) e dinheiro (62%); seria fácil (66%); seria conveniente (62%); teria sua condição clínica entendida pelo fisioterapeuta (62%); melhoraria sua saúde (60%); seria uma maneira acessível (55%), aceitável (53%), eficaz (52%) e segura (51%) para receber um programa de exercícios de fisioterapia. A maioria teria interesse em usar um serviço com videochamada (56%) e concorda que deveria custar menos que uma sessão tradicional (70%). CONCLUSÃO: há concordância entre os grupos que um atendimento de fisioterapia por videochamada melhoraria a condição de saúde do idoso, seria uma maneira aceitável e acessível, além de fisioterapeutas e idosos demonstrarem interesse em usar esse tipo de serviço. Os resultados sugerem que fisioterapeutas e pessoas idosas têm uma percepção geral positiva sobre a fisioterapia por videochamada aplicada para idosos, podendo ser uma forma aceitável de prestação de serviço. Abstract: INTRODUCTION: physiotherapy promotes the health of the elderly, improving or avoiding physical and cognitive deficits resulting from the aging process. However, several barriers can hinder outpatient physical therapy care for this population, such as displacement, waiting time or social isolation. Information and telecommunication technologies, through digital practices such as video calling, can present themselves as a solution, enabling distance physiotherapy care, known as telerehabilitation. OBJECTIVES: to verify the opinion of physiotherapists and elderly people about the video call physiotherapy applied to the elderly. METHODS: a cross-sectional study was carried out in which physiotherapists registered in Brazil and elderly people were invited, via social networks, institutional channels or in person, to fill out an electronic form with multiple-choice questions about the perception of telerehabilitation. The forms were available for 18 months (Jun/2021 to Nov/2022). The collected data were analyzed by calculating the proportion of the participants' answers in each statement. RESULTS: 307 participating physiotherapists, 276 included for analysis; 80% female; 55% graduated in the last 10 years; and 67% with a graduate degree. Most agree that video call would not violate the patient's privacy (72%), improve the elderly's health condition (63%), save the patient's time (54%), be a useful way (58%), acceptable (56%) and accessible (53%) to prescribe an exercise session for the elderly; and 51% would be interested in participating in a place that offers this type of service. However, 92% disagreed with liking not having physical contact with the patient when consulting via video call. Elderly group: 97 participants, 94 included for analysis; average of 70 years; 78% female; 97% own a cell phone. Although 67% of seniors do not feel confident using cell phones or computers, most agree that a physiotherapy consultation via video call: would save them time (69%) and money (62%); it would be easy (66%); it would be convenient (62%); would have their clinical condition understood by the physiotherapist (62%); improve your health (60%); would be an affordable (55%), acceptable (53%), effective (52%) and safe (51%) way to receive a physical therapy exercise program. Most would be interested in using a video call service (56%) and agree that it should cost less than a traditional session (70%). CONCLUSION: there is agreement between the groups that a physiotherapy service via video call would improve the health condition of the elderly, it would be an acceptable and accessible way, in addition to physiotherapists and elderly people showing interest in using this type of service. The results suggest that physioterapists and elderly people have a general positive perception about video call physioterapy applied to the elderly, and may be an acceptable way of delivering service. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2024. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/259989 |
Date: | 2024 |
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PGCR0079-D.pdf | 9.997Mb |
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