Características clínicas e funcionais de pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica invasiva com e sem diagnóstico de COVID-19

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Características clínicas e funcionais de pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica invasiva com e sem diagnóstico de COVID-19

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Title: Características clínicas e funcionais de pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica invasiva com e sem diagnóstico de COVID-19
Author: Sumar, Alice Henrique dos Santos
Abstract: Introdução: A identificação de características de pacientes com COVID-19 que evoluem para o estado crítico é crucial. Objetivo: Comparar as características clínicas, área muscular, composição corporal, antropometria, estado funcional prévio, fragilidade, força muscular e mobilidade de pacientes com e sem diagnóstico de COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: Foram avaliados pacientes críticos, internados na UTI do Hospital Regional de São José (HRSJ), que estavam sob uso de ventilação mecânica invasiva (VMI) por mais de 72 horas. Após 72 horas de ventilação mecânica invasiva foram avaliados área muscular (pela ultrassonografia de coxa), composição corporal (por meio da Bioimpedância Elétrica -BIA), antropometria, estado funcional prévio (pelo Índice modificado de Barthel), fragilidade (pela Escala Clínica de Fragilidade) e mobilidade (por meio da Escala Perme). Após 24 horas de extubação ou 24h sem assistência respiratória, em pacientes traqueostomizados, foram reavaliados os itens citados e ainda, força muscular (pela Escala MRC-SS). Após um ano de alta hospitalar foi avaliada a sobrevida e o estado funcional dos pacientes (pelo Índice modificado de Barthel). Resultados: Estudo concluído com 49 pacientes, com média de idade 52,2 (DP = 16,4) anos sendo a maioria obesa (40,8%). Quanto à composição corporal, identificamos diferenças significativas na avaliação de 72 horas, com o grupo COVID-19 apresentando um maior percentual de gordura (p = 0,02) e peso de gordura (p = 0,01). Na avaliação após 24 horas o grupo COVID-19 apresentou médias maiores para o percentual de gordura (p < 0,001) e peso de gordura (p < 0,001). O percentual de massa magra (p = 0,003), e o percentual do peso (p = 0,003) foram maiores no grupo NãoCOVID. Na antropometria e área muscular, observamos diferenças significativas entre os grupos após 72 horas para as variáveis índice de massa corporal (IMC) p = 0,01; espessura de quadríceps p = 0,01; área transversa de reto femoral p = 0,03; circunferência de coxa p = 0,001 e circunferência do braço p = 0,01. Após 24 horas, encontramos diferenças significativas no índice de massa corporal (p < 0,001), circunferência da coxa (p = 0,03) e do braço (p = 0,01), todas mais elevadas no grupo COVID-19. A ECF variou de 1 a 8 pontos com diferença significante entre os grupos (U = 184,000; p = 0,02), indicando que grupo COVID apresentou maior escore. A escala MRC-SS variou de 12 a 60 pontos não mostrando diferença significante entre grupos [U = 63,000; p = 0,64]. A Escala Perme variou de 1 a 23 não demonstrando diferença significante entre grupos [U = 79,500; p = 0,15]. Conclusões: Em ambos os momentos avaliados, o grupo COVID apresentou piores índices relacionados à composição corporal, com maior percentual de gordura e menor área muscular em comparação com o grupo Não-COVID. Os achados destacam que o grupo COVID apresentou maior fragilidade, reforçando a importância da avaliação abrangente do estado funcional prévio para melhor manejo de pacientes críticos.Abstract: Introduction: Identifying the characteristics of COVID-19 patients who progress to critical condition is crucial. Objective: To compare the clinical characteristics, muscle area, body composition, anthropometry, previous functional status, frailty, muscle strength and mobility of patients with and without a diagnosis of COVID-19 admitted to an intensive care unit (ICU). Methodology: Critically ill patients admitted to the ICU of the Hospital Regional de São José (HRSJ) who had been on invasive mechanical ventilation for more than 72 hours were assessed. After 72 hours of invasive mechanical ventilation (IMV), muscle area (using thigh ultrasound), body composition (using electrical bioimpedance - BIA), anthropometry, previous functional status (using the modified Barthel Index), frailty (using the Clinical Frailty Scale) and mobility (using the Perme Scale) were assessed. After 24 hours of extubation or 24 hours without respiratory assistance in tracheostomized patients, the items mentioned above were reassessed, as well as muscle strength (using the MRC-SS Scale). One year after hospital discharge, survival and functional status were assessed (using the modified Barthel Index). Results: The study included 49 patients, with a mean age of 52.2 (SD = 16.4) years, the majority of whom were obese (40.8%). As for body composition, we identified significant differences in the 72-hour assessment, with the COVID-19 group showing a higher percentage of fat (p = 0.02) and fat weight (p = 0.01). In the evaluation after 24 hours, the COVID-19 group had higher averages for fat percentage (p < 0.001) and fat weight (p < 0.001). The percentage of lean mass (p = 0.003) and the percentage of weight (p = 0.003) were higher in the Non-COVID group. In terms of anthropometry and muscle area, we observed significant differences between the groups after 72 hours for the variables body mass index (BMI) p = 0.01; quadriceps thickness p = 0.01; rectus femoris cross-sectional area p = 0.03; thigh circumference p = 0.001 and arm circumference p = 0.01. After 24 hours, we found significant differences in body mass index (p < 0.001), thigh circumference (p = 0.03) and arm circumference (p = 0.01), all of which were higher in the COVID-19 group. The ECF ranged from 1 to 8 points with a significant difference between the groups (U = 184.000; p = 0.02), indicating that the COVID group had a higher score. The MRC-SS scale ranged from 12 to 60 points with no significant difference between groups [U = 63.000; p = 0.64]. The Perme Scale ranged from 1 to 23, showing no significant difference between groups [U = 79.500; p = 0.15]. Conclusions: At both time points, the COVID group had worse indices related to body composition, with a higher percentage of fat and less muscle area compared to the NonCOVID group. The findings highlight that the COVID group was frailer, reinforcing the importance of a comprehensive assessment of prior functional status for better management of critically ill patients.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2024.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/260029
Date: 2024


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