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Heleieth Saffioti, socióloga feminista e marxista, inclusive durante o regime militar, dedicou sua vida à ciência. Ao longo de sua trajetória, ela atuou principalmente nos estudos relacionados à violência. A partir de 1962, direcionou-se aos estudos sobre mulheres e, em 1983, desbravou a temática de violência contra as mulheres (violência doméstica). Em 1970, defendeu sua tese de livre-docência para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), intitulada A mulher na sociedade de classe: mito e realidade, sob a orientação do professor Florestan Fernandes (MENDES; BECKER, 2011), e faleceu em 13 de dezembro de 2010, aos 76 anos de idade.
Em sua obra intitulada Gênero, patriarcado, violência, cuja primeira edição foi publicada em 2004, discute sobre questões que ainda são muito pertinentes e apresenta resultados de suas pesquisas empíricas que, de igual forma, convergem com o cenário atual; perpassando pelos campos de gênero, patriarcado, raça/etnia, classe social e relações de dominação-exploração/exploração-dominação. A obra é dividida em quatro capítulos, cujos títulos peculiares chamam a atenção do leitor ao se deleitar no discurso empregado pela autora que, “incidindo, grosso modo, sobre violência contra mulheres, destina-se a todos (as) aqueles (as) que desejam conhecer fenômenos sociais relativamente ocultos” (SAFFIOTI, 2015, p. 9). |
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