O acompanhamento terapêutico (AT) como estratégia clínica de cuidado territorial aos usuários de álcool e outras drogas

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O acompanhamento terapêutico (AT) como estratégia clínica de cuidado territorial aos usuários de álcool e outras drogas

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Schneider, Daniela Ribeiro
dc.contributor.author Alves, Eduardo Pereira
dc.date.accessioned 2024-10-11T23:25:24Z
dc.date.available 2024-10-11T23:25:24Z
dc.date.issued 2022
dc.identifier.other 388145
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/260723
dc.description Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2022.
dc.description.abstract Na história da humanidade sempre houveram formas de segregar e excluir as pessoas que não se adaptavam aos padrões de normalidade socialmente aceitos. Em meados do século XX, após a Segunda Grande Guerra Mundial, o mundo começou a discutir a forma como a sociedade tratava seus cidadãos. Foi neste contexto de humanização emergente que surgiram os primeiros questionamentos aos modelos asilares e manicomiais oferecidos no campo da Saúde Mental. Foi o início dos movimentos que constituíram a Reforma Psiquiátrica na Europa e nos Estados Unidos, e que se espalharam pelo mundo. O movimento promoveu uma ruptura com a tese psiquiatrizante sobre a doença mental e lutou pelos direitos das pessoas que estavam sujeitadas aos modelos asilares de tratamento. No início da década do ano 2000, a compreensão da saúde com um produto do coletivo ganhou força e o cuidado passou a ser oferecido no território, em uma rede de atenção psicossocial. Desde então, houveram grandes transformações nas práticas e saberes, valores culturais e sociais, relacionados ao resgate da cidadania das pessoas com sofrimento psíquico grave. O AT é uma prática que nasceu junto aos movimentos de reforma na Saúde Mental, e se desenvolveu como uma clínica ampliada que se exerce fora do instituído, nos extra muros, no território onde o sujeito habita, em liberdade, buscando articular os elementos do seu cotidiano como estratégia terapêutica. Diante disto, o objetivo deste estudo é analisar as concepções e práticas do Acompanhamento Terapêutico (AT) como estratégia clínica de cuidado territorial aos usuários de álcool e outras drogas no Brasil, como prática substitutiva aos modelos asilares. A pesquisa teve um desenho exploratório e descritivo para alcançar os seus objetivos. A abordagem do estudo foi mista, com uma etapa quantitativa, com a aplicação de um questionário online e outra qualitativa, com base em entrevistas com roteiro semiestruturado, compondo dois diferentes artigos com seus resultados. A análise dos dados foi realizada com estatística descritiva e inferencial, para os dados quantitativos e por análise de conteúdo, segundo Ruiz-Olabuénaga, para os dados qualitativos. Ao final, foram elaboradas considerações finais que triangulam os resultados das duas dimensões da pesquisa. Realizou-se um mapeamento dos profissionais que realizam AT com usuários de álcool e outras drogas em território nacional, assim como, uma caracterização destes profissionais e a descrição de suas concepções e práticas sobre o AT. Os resultados mostraram que o perfil dos profissionais e as práticas do Acompanhamento Terapêutico no Brasil caminharam pari passu com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira e com o Modo de Atenção Psicossocial, constituindo-se como um potente dispositivo político de fortalecimento de direitos dos usuários, como o direito à cidade e a uma vida digna, e se colocam na mediação do resgate da cidadania, alimentado pelo desejo de reinserção social das pessoas com uso problemático de álcool e outras drogas (AD). Verificamos também como a resistência aos dispositivos normalizadores, às tendências das internações recorrentes, às lógicas institucionalizantes, produzem efeitos terapêuticos para usuários e potencializam a ação técnica. Visualizamos neste trabalho, como o AT se configura como uma rica estratégia clínica de acolhimento e cuidado territorial às pessoas com sofrimento psíquico grave, no qual se incluem, também, as pessoas com problemas na relação com o uso de álcool e outras drogas.
dc.description.abstract Abstract: In the history of humanity, there have always been ways of segregating and excluding people who have not adapted to socially accepted standards of normality. In the mid-20th century, after World War II, the world began to discuss how society treated its citizens. In this context of emerging humanization, the first questions arose about the asylum and asylum models offered in the field of Mental Health. It was the beginning of the movements that constituted the Psychiatric Reform in Europe and the United States and spread throughout the world. The movement promoted a break with the psychiatric thesis about mental illness and fought for the rights of people subjected to asylum treatment models. In the 2000s, the understanding of health as a collective product gained strength, and care began to be offered in the existential territory, in a psychosocial care network. Since then, there have been significant changes in practices and knowledge, cultural and social values related to the rescue of citizenship of people with severe psychological distress. TA is a practice that is born inside of mental health change movements. It was developed as an expanded clinic performed outside the health services, in the extra walls, in the territory where the subject lives. AT aims at personal freedom, articulating the elements of their daily lives as a therapeutic strategy. Therefore, the objective of this study is to analyze the concepts and practices of Therapeutic Accompaniment (TA) as a clinical strategy for territorial care for users of alcohol and other drugs in Brazil as a substitute for asylum models. The research had an exploratory and descriptive design to achieve its objectives. The study approach was mixed, with a quantitative stage, with the application of an online and qualitative questionnaire based on interviews with a semi-structured script, composing two different articles with their results. Data analysis was performed using descriptive and inferential statistics for quantitative data and content analysis, according to Ruiz-Olabuénaga, for qualitative data. The final considerations made a results triangularization of the two dimensions of the research. The objective is to map the professionals who perform TA with drug users in Brazil, developing their characterization and description of their conceptions and practices on TA. The results showed that Therapeutic Accompaniment in Brazil was implemented within the Brazilian Psychiatric Reform and the Psychosocial Care Modality. Professionals conceive TA as effective policies and practices to strengthen users' rights, citizenship, and dignified life. Monitoring is seen as a mediation action for the social reintegration of people with problematic use of alcohol and other drugs (AD). We also verified how resistance to normalizing devices, recurrent hospitalization trends, and institutionalizing logic produce therapeutic effects for users and enhance technical action. In this work, we visualize how the TA is configured as a rich clinical strategy of reception and territorial care for people with severe psychological suffering, including people with problems in the relationship with alcohol and other drugs. en
dc.format.extent 143 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Ciências médicas
dc.subject.classification Viciados em drogas
dc.subject.classification Saúde mental
dc.subject.classification Reforma psiquiátrica
dc.subject.classification Apoio social
dc.subject.classification Abuso de substâncias
dc.subject.classification Alcoolismo
dc.title O acompanhamento terapêutico (AT) como estratégia clínica de cuidado territorial aos usuários de álcool e outras drogas
dc.type Dissertação (Mestrado profissional)


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