The effect of English accents and speakers? race on language attitudes: an experimental study with Brazilian pre-service English teachers

Abstract

A globalização impacta significativamente a disseminação do inglês pelo mundo, resultando em uma paisagem socialmente diversa em relação às variedades e àqueles que as falam. Embora cada uma dessas variedades seja relevante, a disseminação do inglês tem raízes na perspectiva de colonização que exacerba a discriminação contra aqueles falantes marginalizados e racializados de inglês. Pesquisas revelam que as atitudes linguísticas são influenciadas tanto pelas variedades de prestígio quanto pelas não prestigiosas do inglês, bem como pelas origens raciais dos falantes. Entretanto, compreender esse cenário entre os brasileiros é desafiador devido à escassez de pesquisas em atitudes linguísticas no Brasil. Portanto, o objetivo geral desta tese é explorar as atitudes dos professores brasileiros de inglês em formação em relação às variedades do inglês e à interseccionalidade racial dos falantes. Especificamente, os objetivos são: (1) examinar se o inglês americano, britânico, do sul dos Estados Unidos, sul-africano, com sotaque espanhol e português afetam as atitudes linguísticas e (2) explorar se as avaliações atitudinais são influenciadas pela raça do falante (negro/branco). Os dados foram coletados de 52 estudantes de licenciatura em inglês por meio de um questionário e um teste de disfarce combinado, replicado de Bouchard (2023). Neste, os participantes assistiram a 12 audiovisuais ilustrados com áudios de seis variedades de inglês reproduzidos duas vezes para combinar com fotografias de seis mulheres negras e seis brancas avaliando cada estímulo em uma escala Likert de 6 pontos ao longo de três dimensões de atitude linguística: status, solidariedade e compreensibilidade. Os resultados revelaram que os futuros professores brasileiros de inglês atribuíram atitudes favoráveis em relação ao inglês americano geral e britânico em comparação com o inglês sul-africano, com sotaque português e espanhol, em todas as dimensões de atitude. O inglês do sul dos Estados Unidos foi menos avaliado positivamente apenas em comparação com o inglês americano geral na dimensão de compreensibilidade. Em relação à raça dos falantes, os resultados indicaram que os falantes negros tiveram avaliações mais favoráveis em comparação com os falantes brancos. Além disso, nenhum efeito significativo de interação foi encontrado entre raça e variedades do inglês. Esses resultados contribuem para o avanço dos estudos sobre atitudes linguísticas no Brasil. Além disso, contribuem para a construção de abordagens inclusivas e identitárias no ensino de inglês no contexto brasileiro.

Abstract: Globalization significantly impacts the worldwide spread of English, resulting in a socially diverse landscape regarding English varieties and those who speak to them. Although each of these varieties is relevant, the spread of English is rooted in a colonization perspective that exacerbates discrimination against marginalized and racialized English speakers. Extensive research reveals that language attitude assessments are influenced by both the prestige and non-prestige varieties of English, as well as by the speakers? racial backgrounds. Nevertheless, this scenario has not been widely examined in Brazil. Therefore, the general objective of this thesis is to explore the attitudes of Brazilian pre-service English teachers toward English varieties and the speakers? race. Specifically, the objectives are: (1) to examine attitudes towards General American, British, Southern American, South African, Spanish- and Portuguese-accented English, and (2) to explore the effect of speaker?s race (Black/White) on attitudinal ratings. The data were collected from 52 Brazilian pre-service English teachers through a background questionnaire and a matched-guise test, replicated from Bouchard (2023). In this, participants watched twelve picture-videos featuring audios of six English varieties played twice to match with photographs of six black and six white women. Each picture-video was assessed on a 6-point Likert scale along three language attitude dimensions: status, solidarity, and understandability. The findings revealed that Brazilian pre-service English teachers attributed favorable attitudes toward General American and British English over South African, Portuguese- and Spanish-accented English across all attitude dimensions. Southern American English was rated less positively only compared to General American English in terms of understandability. Concerning speakers? race, the findings indicated that Black speakers received more favorable attitudes than White speakers. In addition, no significant interaction effect was found between race and English varieties. These results contribute to the advancement of studies on language attitudes in Brazil. Furthermore, they offer insights for constructing inclusive and identity-based approaches in English language teaching in Brazil.