Elementos urbanísticos no Vale do Supe-Peru entre o terceiro e o segundo milênio AEC: o desenvolvimento das primeiras cidades e a questão do Estado

Abstract

Neste trabalho, investiga-se a relação entre a cidade e o Estado no Vale do Supe entre o terceiro e o segundo milênio AEC, questionando modelos eurocêntricos sobre a formação dos Estados e das civilizações. A metodologia utilizada abrange a análise das publicações de sítios arqueológicos da região e uma revisão crítica da literatura acadêmica existente, incluindo as teorias de Ruth Shady e as críticas de outros arqueólogos. As revisões indicam que as características dos sítios arqueológicos do Vale do Supe, como a urbanização e a complexidade arquitetônica, não apresentam evidências claras de uma administração estatal centralizada. As conclusões do trabalho destacam a possibilidade da existência de “Cidades sem Estado”, sugerindo que as estruturas sociopolíticas podem ter se desenvolvido de forma diferente das narrativas tradicionais. A ideia central do trabalho reside na necessidade de descolonizar a historiografia acerca da formação dos Estados nas sociedades andinas, oferecendo novas interpretações sobre a urbanização e a organização social. As bases teóricas que embasaram a pesquisa incluem as teorias de Meneses, Graeber e Wengrow, que proporcionam um entendimento mais amplo das dinâmicas sociais e políticas na região.

Este trabajo investiga la relación entre ciudad y Estado en el Valle de Supe entre el tercer y el segundo milenio AEC, cuestionando los modelos eurocéntricos sobre la formación de Estados y civilizaciones. La metodología utilizada abarca el análisis de las publicaciones de sitios arqueológicos de la región, así como una revisión crítica de la literatura académica existente, incluyendo las teorías de Ruth Shady y las críticas de otros arqueólogos. Las revisiones indican que las características de los sitios arqueológicos del Valle de Supe, como urbanización y complejidad arquitectónica, no presentan evidencias claras de una administración estatal centralizada. Las conclusiones del trabajo destacan la posibilidad de la existencia de “Ciudades sin Estado”, sugiriendo que las estructuras sociopolíticas podrían haberse desarrollado de manera diferente a las narrativas tradicionales. La idea central del trabajo reside en la necesidad de descolonizar la historiografía sobre la formación de Estados en las sociedades andinas, ofreciendo nuevas interpretaciones sobre urbanización y organización social. Las bases teóricas que sustentaron la investigación incluyen las teorías de Meneses, Graeber y Wengrow, que proporcionan una comprensión más amplia de las dinámicas sociales y políticas en la región.